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Hérnia de disco: entenda a doença do cantor Wesley Safadão

Hérnia de disco: entenda a doença do cantor Wesley Safadão

A prática de vaquejadas e as partidas de futebol ocasionaram as lesões. A hérnia de disco atinge quase 6 milhões de brasileiros, sendo os homens, a partir de 35 anos, os mais afetados

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 18:19- Atualizado Data inválida

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Wesley Safadão é atração do Café de La Musique, em Meaípe, Guarapari
Wesley Safadão foi diagnosticado com o problema em 2018. Ele sentia dormência nas pernas e dores que irradiavam para a coluna. (Reprodução/Facebook)

Recentemente, o cantor Wesley Safadão compartilhou nos stories do seu Instagram os tratamentos que vêm realizando para controlar as dores causadas pela hérnia de disco. Nos vídeos, ele explica que teve uma regressão da doença. Quando foi diagnosticado com o problema, em 2018, ele sentia dormência nas pernas e dores que irradiavam para a coluna, além de ter dificuldades para entrar no carro, por exemplo.

Segundo o profissional que cuida dele, a prática de vaquejadas e também as partidas de futebol entre amigos acabou ocasionando lesões. Ele realiza diversos tratamentos não-invasivos como terapia manual, método Mckenzie, mobilização neural, pilates, eletroagulhamento, entre outros, para manter a doença sob controle.

O neurocirurgião Guilherme Rossoni explica que a hérnia de disco atinge quase 6 milhões de brasileiros, sendo os homens, a partir de 35 anos, geralmente, os mais afetados. “A hérnia de disco é uma lesão nos discos cartilaginosos intervertebrais, que funcionam como ‘amortecedores’ de impacto e evitam o atrito e o contato direto e doloroso entre as vértebras. Quando um destes discos sofre deslocamento, ou seja, sai do eixo, pode comprimir a medula ou os nervos, provocando dores na coluna com irradiação para braços ou pernas, perda de sensibilidade, formigamento, dificuldade para andar e até perda do controle urinário”, revela o profissional.

Ainda, segundo o médico, muitas pessoas têm receio de buscar tratamento para a doença, pois acreditam que a solução será sempre cirúrgica, o que é um mito. “90% dos pacientes que sofrem com problemas de hérnia de disco não precisam realizar cirurgia na coluna vertebral, podendo tratar com métodos não invasivos. Eu atendo vários pacientes, diagnostico o problema e encaminho para fisioterapeutas, que realizam um belo trabalho de reabilitação”, conta Guilherme.

As maiores causas são má postura, fatores hereditários, tabagismo, esportes em excesso, traumas diretos, idade avançada e sedentarismo. E, assim como relatou o cantor Wesley Safadão, os sintomas mais comuns são dores localizadas nas regiões onde existe lesão discal, podendo irradiar para outras partes do corpo.

O diagnóstico é feito clinicamente acompanhado de exames de raio-x, tomografia e ressonância magnética, que ajudam a identificar a localização e o tamanho da lesão.

Tratamentos

O neurocirurgião Guilherme Rossoni esclarece que a princípio o tratamento tem o objetivo de aliviar a dor causada pela inflamação e relaxar a musculatura contraturada, devolvendo a mobilidade ao paciente. “O tratamento pode incluir atividade física dirigida, como pilates, musculação e outros. No consultório pode ser feito bloqueio, em que são realizadas infiltrações de medicamentos como anestésicos, corticoides e anti-inflamatórios”.

Em último caso é indicada a cirurgia. Porém, a técnica é minimamente invasiva, como é o caso da cirurgia endoscópica da coluna. “O cirurgião consegue acessar e remover a hérnia de disco, além de descomprimir a região, causando um dano mínimo nas estruturas da coluna e na musculatura. Isto permite um pós-operatório com elevada taxa de sucesso, menos dor, alta hospitalar no mesmo dia e retorno precoce às atividades normais”, ressalta o especialista.

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