Ana Flávia Azeredo, de 45 anos, não precisa nem dizer de quem é filha. Isso porque as semelhanças com o pai, o ex-governador Albuíno Azeredo, são enormes assim como a sua paixão por novos desafios. A nova empreitada da técnica legislativa da Assembleia do Espírito Santo (Ales) é ter aceitado o convite para elaborar o projeto de uma nova estrada de ferro entre Minas Gerais e o Espírito Santo, que terá algo em torno de 570 quilômetros.
A megaobra ainda não tem data para ser inaugurada, mas promete ter tecnologia comparada à mesma que foi usada no Eurotúnel, que liga o Reino Unido ao Norte da França, na Europa. Estamos na segunda etapa. Já fizemos um mapeamento por satélite sobre possibilidades de trajeto e o próximo passo é conferir tudo isso em campo, fala, ao receber a reportagem na casa recém-reformada em que está vivendo com a mãe ela é solteira e não tem filhos de frente para o mar da Praia da Costa, em Vila Velha.
A bonita, que é mestre em Engenharia de Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e cursa o doutorado em Engenharia Civil na Unicamp, adianta também que a forma de financiamento do empreendimento será tão moderna quanto sua estrutura: Estamos vendo formas sustentáveis de fazer tudo. Vai ser um avanço no transporte e é um projeto que papai já havia sido convidado a desenvolver. Continuá-lo é dar continuidade a algo que meu pai começou. Uma honra.
Ao todo, as autoridades e empresas envolvidas com o plano já falam na casa dos bilhões para precificar a ferrovia que, por enquanto, é só chamada de Estrada de Ferro Minas/Espírito Santo.
A capixaba chegou a ser, no IME, professora do atual ministro da Infraestrutura, o engenheiro Tarcísio Gomes de Freitas. Foi uma experiência muito boa, dei aula junto de um professor em uma disciplina que tinha tudo a ver com meu mestrado e sempre fui apaixonada pelo tema, termina.
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