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Estresse pode desencadear desequilíbrio hormonal e baixa imunidade

Estresse pode desencadear desequilíbrio hormonal e baixa imunidade

Identificar gatilhos e trabalhar técnicas de relaxamento trazem resultados benéficos e melhoram a qualidade de vida

Publicado em 23 de setembro de 2021 às 10:39

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Estresse
Situações difíceis relacionadas à pandemia, como o home office, ocasionaram desequilíbrio emocional e estresse . (Pixabay)

Durante o último ano, situações difíceis relacionadas à pandemia ocasionaram desequilíbrio emocional e estresse em muitas pessoas. Neste dia 23 de setembro, o Dia Mundial de Combate ao Estresse, se reforça o alerta sobre as doenças causadas pelo estresse e como buscar ajuda.

"A somatização das emoções mal resolvidas, sentimentos que vão se acumulando ao longo do tempo e sentimentos negativos que são gerados pelo estresse afetam diretamente nossa saúde mental", revela a psicóloga do Viver Bem Unimed, Naira Delboni.

O ritmo intenso do home office, com a atenção dividida entre trabalho e família, por exemplo, fizeram com que os nervos se exaltassem. Quando um simples estado emocional passa a gerar uma resposta física do organismo, é preciso estar atento para as consequências.

"O estresse pode provocar desequilíbrio hormonal, psíquico e que pode causar a baixa imunidade, englobando todo o processo químico do nosso cérebro".

CRIANÇAS TAMBÉM AFETADAS

As crianças também são afetadas. Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) indica que uma em cada quatro crianças apresentou ou ainda manifesta quadros de ansiedade ou depressão durante a pandemia em níveis clínicos, ou seja, com necessidade de intervenção de especialistas.

Na maioria das vezes, muitas não sabem reconhecer que estão estressadas. Por isso, a atenção dos pais deve ser redobrada.

No caso do estresse infantil, vale ficar atento se a criança se tornar muito apática ou passar a se irritar com facilidade. De acordo com a psicopedagoga Letícia Sena, "alterações de comportamento como dificuldade de concentração nas aulas online, ansiedade e choro excessivo são sinais a se observar, além da perda de interesse em temas e brincadeiras que antes traziam alegria e animação".

DESENCADEAR OUTRAS DOENÇAS

A psicóloga Naira Delboni alerta que a somatização das emoções mal resolvidas pode gerar ainda doenças cardiovasculares e oscilação da pressão arterial, que estão relacionadas ao estresse ruim, e precisam de cuidados. "Desacelerar é muito importante. Sintomas físicos e mentais como dores no corpo, alteração do sono, impaciência, irritabilidade ou falta de concentração devem ser observados".

A quarentena pode causar estresse e mau humor
Irritabilidade ou falta de concentração devem ser observados. (Sergejs Rahunoks/ Freepik)

COMO EVITAR

Buscar ajuda profissional de psicólogos ou psiquiatras é o mais indicado para colocar as emoções em ordem, realinhar e planejar uma nova rotina. Outra forma de amenizar os sintomas do estresse é apostar em ambientes restauradores, lugares ligados à natureza como praia e campo, que promovem a sensação de bem-estar.

“Dormir bem, cuidar da alimentação, pensar antes de agir e contar até 10, são atos que nos fazem relaxar e viver melhor o dia a dia. Meditação, relaxamento e ioga também são alternativas que podem trazer benefícios fantásticos para a melhora do estresse, controlando também a ansiedade a longo prazo”. Aprender a se conhecer, identificar gatilhos, trabalhar técnicas de respiração e relaxamento, podem garantir resultados benéficos para a melhora da qualidade de vida das pessoas que sofrem com o estresse.

No caso dos pequenos, Daniella Amorim de Souza Pelegrini, pediatra do Vitória Apart Hospital, acredita que o caminho da prevenção ou do tratamento passa, impreterivelmente, pela atenção, pela escuta ativa, pela observação e pelo cuidado.

Segundo ela, transtornos relacionados à saúde mental não são uma exclusividade do momento de pandemia, mas se tornaram ainda mais evidentes e foram potencializados. Estima-se que, no Brasil, de 69 milhões de pessoas com 0 a 19 anos, existam 10,3 milhões de casos de transtornos.

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Ela acredita que, em muitos casos, a saúde mental de crianças e adolescentes é negligenciada. "Os casos são silenciosos e poucos recebem o acompanhamento e a atenção que merecem. Nesse sentido, o pediatra pode ser um aliado para orientar a necessidade de acompanhamento psiquiátrico e psicológico'', considera.

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