Com quase um ano desde o início das medidas de restrição social para o combate ao novo coronavírus no Brasil, como o trabalho remoto e o fechamento das escolas, já é possível estabelecer uma linha do tempo com algumas mudanças de hábitos dos brasileiros. Nos primeiros meses, as lives musicais tomaram conta da internet. Depois, as transmissões ao vivo se expandiram e até peças teatrais passaram a ser exibidas nesse novo formato. Amigos também passaram a fazer festas de aniversário e encontros on-line. Mas uma prática que virou mania e literalmente entrou de vez na casa das pessoas foi o hábito de cuidar das plantas.
Os chamados pais ou mães de plantas são aquelas pessoas que aderiram ao cuidado desses seres vivos. Dentro de casa, independentemente do tipo de planta, cultivam o jardim com maior cuidado.
O hobby, que normalmente é realizado sozinho, ganhou ainda mais força durante o isolamento domiciliar. Com a chegada da Covid-19 ao Brasil em meados de março, muita gente passou a ficar mais tempo dentro de casa e os filhos verdes se espalharam pelos lares brasileiros.
Ao jornalista Fábio Botacin durante o CBN e a Família, a psicóloga e comentarista da Rádio CBN Vitória, Adriana Müller, destacou que o hábito de cuidar das plantas muitas vezes entra "de repente" e de forma despretensiosa na vida das pessoas.
"É interessante como pequenos hábitos vão entrando na nossa rotina. Coisas que às vezes nem prestávamos tanta atenção, agora estão em nossa vida", disse.
Segundo ela, o hábito aguça a curiosidade e acrescenta conhecimento. Os pais e mães de plantas procuram saber até qual é o melhor local para cada espécie dentro de casa. Além disso, a atividade contribui muito para o alívio do stress que atingiu tanta gente na pandemia.
Cuidar das plantas não é um costume novo, longe disso. Adriana ainda lembra a "retribuição" que as plantinhas podem oferecer.
"É como uma retribuição. A gente rega a planta e ela dá flor, traz coisas boas, é uma terapia. É um hábito que não tem fim, você vai só ampliando a coleção", comenta rindo.
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