Apesar das placas indicando ‘atenção’ e interdição local, câmeras de videomonitoramento de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, flagram pessoas desrespeitando a ordem e invadindo pontos de obras da prefeitura. Em um dos casos, a massa de cimento jogada na pista, que ainda estava em processo de secagem, foi danificada e o trabalho precisará ser refeito. Para reparar os estragos, a administração municipal gastar cerca de R$ 50 milhões para refazer os trabalhos. Esse valor representa quase 10% do orçamento do setor de obras.
No bairro Marbrasa, no dia 27 do mês passado, câmeras de segurança flagraram vandalismo no trecho da obra de drenagem pavimentação. Um motociclista e um pedestre andam sobre o cimento ainda fresco e quase ficam atolados. O trecho, segundo a prefeitura, que já era para ter sido entregue, mas vai precisar ser refeito por conta desse e de outros pontos danificados. Além do transtorno para a população, os danos geram impacto no orçamento municipal.
Já no bairro Amarelo, a prefeitura diz que o morador quebrou a geomanta, uma camada de massa proteção verde para evitar a movimentação de terras em barranco. O munícipe utilizou o local onde fica a proteção para fazer uma espécie de deque na residência dele.
Segundo a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, o dono da residência foi notificado e precisa regularizar a obra até o próximo dia 27. Caso as alterações não sejam feitas, a estrutura feita pelo morador pode ser demolida e ele pode sofrer sanções administrativas e judiciais.
O secretário Municipal de Obras, Rodrigo Boleli, conta que obras são paralisadas diariamente por conta desses danos. “Estamos estimando um atraso de mais de um ano na execução das obras. Hoje, o volume de obras, em termos financeiros que temos no município, é de meio bilhão de reais. Se seguirmos nesse ritmo, se a população não comprar essa briga conosco, nós estamos estimando gastar quase R$ 50 milhões somente para refazer”, disse, em entrevista à repórter Vívia Lima, da TV Gazeta Sul.
Na última quinta-feira (13), a reportagem da TV Gazeta Sul procurou o dono da casa, que construiu um deque no bairro Amarelo. Ninguém atendeu a equipe na residência, e não houve retorno das ligações.
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