Publicado em 12 de abril de 2025 às 13:38
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, isentou smartphones e computadores das "tarifas recíprocas" anunciadas por ele. >
A agência de Alfândega e a Patrulha de Fronteiras dos EUA publicou um aviso na noite de sexta-feira (11/4) explicando que as mercadorias seriam excluídas da tarifa global de 10% anunciada por Trump para a maioria dos países - e também do imposto de importação exclusivo para a China, de 125%. >
A medida ocorre após uma onda de preocupação entre empresas de tecnologia dos EUA, que temiam que o preço dos aparelhos poderia disparar, já que muitos deles são fabricados na China.>
As isenções também incluem outros dispositivos e componentes eletrônicos, incluindo semicondutores, células solares e cartões de memória.>
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Não ficou claro se as importações de produtos de tecnologia vindos da China ainda serão atingidas por uma tarifa de 20% que não fazia parte das "tarifas recíprocas" anunciadas em 2 de abril. A BBC entrou em contato com a Casa Branca em busca de mais esclarecimentos.>
Algumas estimativas sugeriram que os preços do iPhone e de outros produtos eletrônicos nos EUA poderiam ser multiplicados por três se os custos das tarifas tivessem sido repassados aos consumidores.>
Os EUA são um grande mercado para iPhones e a Apple foi responsável por mais da metade de suas vendas de smartphones no ano passado, de acordo com a Counterpoint Research.>
A empresa de pesquisa diz que até 80% dos iPhones da Apple destinados à venda nos EUA são fabricados na China, com os 20% restantes fabricados na Índia.>
Junto com outros gigantes de smartphones, como a Samsung, a Apple vem tentando diversificar suas cadeias de suprimentos para evitar a dependência excessiva da China nos últimos anos.>
A Índia e o Vietnã emergiram como pioneiros em outros centros de fabricação.>
Com a entrada em vigor das tarifas, a Apple supostamente procurou acelerar e aumentar sua produção de dispositivos produzidos na Índia nos últimos dias.>
Trump planejou uma série de tarifas elevadas sobre países ao redor do mundo, que entrarão em vigor nesta semana.>
Mas na quarta-feira, ele rapidamente inverteu o curso, anunciando que implementaria uma pausa de 90 dias para países atingidos por tarifas mais altas dos EUA — com exceção da China — cujas tarifas ele aumentou para 145%. Trump disse que o aumento da tarifa chinesa se deve à prontidão do país em retaliar com sua própria taxa de 84% sobre produtos dos EUA.>
Em uma mudança dramática de política, Trump disse que todos os países que não retaliassem as tarifas dos EUA receberiam uma suspensão — e só enfrentariam uma tarifa geral dos EUA de 10% — até julho.>
A Casa Branca então disse que a medida era uma tática de negociação para extrair condições comerciais mais favoráveis de outros países.>
Trump disse que seus impostos de importação abordarão a injustiça no sistema comercial global, além de trazer empregos e fábricas de volta às costas americanas.>
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