Publicado em 18 de outubro de 2023 às 11:41
SÃO PAULO - O presidente Lula (PT) lamentou nesta quarta-feira (18) o ataque a um hospital na Faixa de Gaza, que teria deixado mais de 470 mortos.>
Lula afirmou que o ataque ao hospital Al-Ahly Arab é uma "tragédia injustificável". A maioria das vítimas são mulheres e crianças, afirmou o Ministério da Saúde da Palestina.>
"Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra", disse o Presidente Lula no X (antigo Twitter).>
O Hamas apontou Israel como responsável pelo ataque e chamou o ato de "genocídio". O país, por sua vez, acusou a Jihad Islâmica, que também negou envolvimento.>
>
Lula também refez um apelo por uma intervenção humanitária internacional em Gaza. "Lancemos mão de todos os recursos para pôr fim à mais grave violação aos direitos humanos no conflito no Oriente Médio".>
Ele também afirmou ser "urgente" um cessar-fogo para a retirada de civis de áreas de conflito. O governo negocia há dias a saída de um grupo de brasileiros de Gaza pela fronteira do Egito.>
O Brasil, que preside o Conselho de Segurança da ONU, apresentou uma proposta sobre o conflito Israel-Hamas. O texto será votado nesta quarta-feira (18).>
No texto, o Brasil deve propor uma "pausa" na guerra para atendimento humanitário, e não um cessar-fogo, para evitar o veto de países como os EUA. O número de palestinos mortos na guerra é 3.478. Em Israel, segundo o governo, são mais de 1.400 mortos e pelo menos 200 reféns.>
O Hamas e a Autoridade Palestina acusaram Israel pelo ataque. O país nega. O Hospital Al-Ahly Arab está no centro da cidade de Gaza e tinha, além de pacientes e profissionais de saúde, diversas pessoas deslocadas dentro de Gaza, que procuraram o local como um ponto seguro.>
O hospital Al-Ahly Arab estava na lista de evacuações ordenadas por Israel -um ato criticado pela ONU.>
"O hospital era um dos 20 no norte da Faixa de Gaza que estavam recebendo ordens de evacuação dos militares israelenses. A ordem de evacuação foi impossível de ser cumprida devido à insegurança atual, à condição crítica de muitos pacientes e à falta de ambulâncias, equipe, capacidade de leitos do sistema de saúde e abrigo alternativo para os deslocados", diz trecho da nota da OMS.>
Atacar deliberadamente hospitais é considerado um crime de guerra, segundo o Estatuto de Roma. "Conduzir intencionalmente ataques contra edifícios dedicados à religião, educação, arte, ciência ou fins de caridade, monumentos históricos, hospitais e locais onde os doentes e feridos são recolhidos, desde que não sejam objetivos militares", diz o Artigo 8 do Estatuto.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta