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Sites de DNA ameaçam anonimato de doadores de esperma

Sites de DNA ameaçam anonimato de doadores de esperma

Testes particulares de DNA nos Estados Unidos permitem que as pessoas nascidas de doações anônimas de gametas ou ovócitos identifiquem seu "doador" na maioria dos casos

Publicado em 21 de novembro de 2018 às 23:45

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Testes particulares de DNA nos Estados Unidos permitem que as pessoas nascidas de doações anônimas de gametas ou ovócitos identifiquem seu "doador" . (Reprodução | Pixabay )

Bastou um pouco de saliva e nove dias de pesquisa genealógica para que Ryan Kramer descobrisse a identidade de seu pai biológico, embora esse homem nunca tivesse feito um teste de DNA e pensasse que nunca seria localizado. Foi em 2005, quando começavam a aparecer os sites de análises de DNA. Ryan tinha 15 anos.

Treze anos depois, o auge dos testes particulares de DNA nos Estados Unidos permite que as pessoas nascidas de doações anônimas de gametas ou ovócitos identifiquem seu "doador" na maioria dos casos.

"É preciso ser ingênuo para acreditar que uma pessoa que doa esperma ou óvulos pode permanecer no anonimato nos Estados Unidos", diz CeCe Moore, pioneira em genealogia genética e criadora da página de Facebook DNADetectives.

"A divulgação ocorrerá, é uma consequência inevitável", disse à AFP Peter Schlegel, presidente da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva. Para este especialista, dentro de cinco anos isto será parte da "conversa padrão" com doadores ou candidatas para a reprodução medicamente assistida (RMA).

Os doadores são identificados indiretamente, por sua proximidade genética a um primo distante que fez um teste de DNA. Com ao menos 10 milhões de pessoas analisadas nos Estados Unidos, o simples jogo de probabilidades significa que quase toda a população está associada com um dos perfis registrados.

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O site que vendeu seu kit de DNA para Ryan calculou que dois homens em sua base de perfis tinham um ancestral comum com ele no século XVII.

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