Publicado em 20 de agosto de 2021 às 16:46
A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca anunciou nesta sexta-feira (20), resultados promissores de um remédio contra a covid-19 que reduz o risco de que as pessoas vulneráveis - como transplantados ou pacientes oncológicos - desenvolvam a forma sintomática da doença. O produto, ainda não liberado para uso em hospitais, pode se tornar uma estratégia para aquelas pessoas que precisam de um reforço além da vacina. >
Este tratamento com anticorpos, com codinome classificado como AZD7442, não havia demonstrado, anteriormente, sua eficácia em pessoas que já estavam expostas ao vírus. Mas, ao administrá-lo antes de entrar em contato com o Sars-CoV-2, os resultados foram positivos, segundo comunicado da farmacêutica.>
Ainda conforme a empresa, esse coquetel diminui o risco de desenvolver uma forma sintomática em 77%, segundo dados de fase 3. Nesta etapa, uma das últimas de testes, são conduzidos ensaios clínicos em grande escala projetados para medir a segurança e a eficácia. Os resultados ainda não foram descritos em uma publicação científica. Os ensaios foram realizados na Espanha, França, Bélgica, Reino Unido e Estados Unidos, com 5. 197 participantes, dos quais 75% tinham comorbidades. O tratamento foi administrado por via intramuscular.>
"Com estes resultados tremendos, AZD7442 poderia ser uma ferramenta importante no nosso arsenal para ajudar as pessoas que podem precisar de mais do que uma vacina para recuperar a vida normal", disse Myron Levin, professor da Universidade do Colorado, no Estados Unidos, e quem esteve à frente dos ensaios>
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"Necessitamos de outros enfoques para as pessoas que não estão bem protegidas pelas vacinas de covid-19", acrescentou Mene Pangalos, executivo da farmacêutica, que prometeu divulgar dados adicionais sobre os ensaios até o fim deste ano. O laboratório especifica que enviará um arquivo às autoridades de saúde para obter uso emergencial ou uma validação nas condições de tratamento, com desenvolvimento financiado pelos Estados Unidos>
A AstraZeneca também foi uma das primeiras a validar a vacina contra o coronavírus, um dos quatro imunizantes utilizados na campanha nacional de imunização no Brasil. Esse imunizante foi desenvolvido junto de pesquisadores da Universidade de Oxford.>
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