Publicado em 18 de outubro de 2025 às 15:32
Milhares de pessoas saíram às ruas neste sábado (18/10) nos Estados Unidos em protestos organizados contra o presidente americano, Donald Trump.>
A primeira entre as mais de 2.500 manifestações em todo o território do país aconteceu na cidade de Nova York, onde por volta do meio-dia do horário local uma multidão se reuniu na região da Times Square.>
Muitos dos manifestantes carregavam faixas e cartazes, alguns com os dizerem "No Kings", em uma referência à campanha que dá nome aos protestos, organizada por uma coalizão de grupos de esquerda.>
Atos sob essa mesma bandeira feitos pelo grupo em junho reuniram mais de cinco milhões de pessoas em todo o país e foram, em grande parte, pacíficos.>
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O nome faz referência à crítica que alguns americanos fazem a Donald Trump apontando que ele agiria de forma autoritária, como um rei.>
"O presidente acha que seu governo é absoluto", diz a página na internet dedicada aos atos.>
"Mas na América não temos reis e não recuaremos diante do caos, da corrupção e da crueldade", completa o texto.>
Aliados do presidente acusaram os manifestantes de estarem alinhados com o movimento de extrema esquerda Antifa e condenaram o que chamaram de "manifestação de ódio à América".>
Governadores republicanos em vários Estados americanos colocaram tropas da Guarda Nacional de prontidão à espera de eventuais episódios de violência.>
Os protestos devem continuar em todo o país ao longo do dia em cidades de uma costa a outra do país, incluindo a capital, Washington, e locais como Nova Orleans, Atlanta, São Francisco, Los Angeles e Las Vegas.>
Também foram organizadas manifestações em diversas cidades da Europa, entre elas Berlim, na Alemanha, Madri, na Espanha, e Roma, na Itália.>
Em uma entrevista à Fox News programada para ir ao ar no domingo, Trump aparentemente se referiu aos atos.>
"Um rei! Isso não é uma encenação", disse o presidente em um trecho da entrevista veiculado no sábado. "Sabe, eles estão se referindo a mim como um rei. Eu não sou um rei.">
Políticos republicanos levantaram a possibilidade de intervenção policial caso houvesse violência.>
"Teremos que chamar a Guarda Nacional", disse o senador do Kansas Roger Marshall antes dos protestos, segundo a CNN. "Espero que seja pacífico. Duvido.">
O governador do Texas, Greg Abbott, deixou a Guarda Nacional do Estado de prontidão às vésperas de um protesto marcado na capital, Austin, argumentando que a mobilização de tropas era necessária devido à "manifestação planejada ligada à Antifa".>
Democratas criticaram a medida, incluindo o principal nome do partido no Estado, Gene Wu, que argumentou: "Enviar soldados armados para reprimir protestos pacíficos é o que reis e ditadores fazem — e Greg Abbott acaba de provar que é um deles.">
O governador republicano da Virgínia, Glenn Youngkin, também ordenou a prontidão da Guarda Nacional estadual.>
No início desta semana, o ator Robert De Niro, um crítico assíduo de Trump, compartilhou um vídeo curto incentivando os americanos a se unirem para "levantar nossas vozes de forma não violenta".>
"Tivemos dois séculos e meio de democracia... muitas vezes desafiadora, às vezes confusa, sempre essencial", disse ele.>
"Agora temos um aspirante a rei que quer tirá-la de nós: o Rei Donald, o Primeiro.">
Entre as celebridades que devem comparecer aos protestos "No Kings" estão Jane Fonda, Kerry Washington, John Legend, Alan Cumming e John Leguizamo.>
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