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Piñera convida equipe de Bachelet para investigar denúncias no Chile

Piñera convida equipe de Bachelet para investigar denúncias no Chile

A ideia do governo é que a ex-presidente envie a equipe para analisar denúncias de violações que teriam sido cometidas pelas forças de segurança contra os manifestantes

Publicado em 24 de outubro de 2019 às 15:10

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Sebastian Pinera, presidente do Chile. (Reprodução | Twitter)

Agência FolhaPress - Em meio à onda de protestos violentos que assola o Chile há uma semana, o presidente Sebastián Piñera decidiu pedir ajuda a uma das maiores adversárias na política local -a antecessora dele no cargo, Michelle Bachelet, atual Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos. 

A ideia do governo é que a ex-presidente envie a equipe para analisar denúncias de violações que teriam sido cometidas pelas forças de segurança contra os manifestantes.

O anúncio do pedido foi feito pelo ministro de Relações Exteriores do Chile, Teodoro Ribera, nesta quinta-feira (24), no mesmo momento em que Piñera estava reunido no palácio de La Moneda com aliados da ex-mandatária. 

O chanceler afirmou ainda que os observadores da ONU devem verificar in loco como o estado de emergência declarado pelo presidente no último sábado (19) está sendo aplicado.

Pouco depois, o governo confirmou que Piñera conversou por telefone com Bachelet para fazer um convite oficial. Além dela, também foi convidado o diretor para as Américas da ONG Human Rights Watch, o chileno José Miguel Vivanco. "A nós interessa a máxima transparência e que sejam feitas todas as salvaguardas necessárias", afirmou Ribera, segundo o jornal chileno La Tercera.

Bachelet comandou o Chile por duas vezes (de 2006 a 2010 e de 2014 a 2018), sendo sucedida por Piñera em ambas - a reeleição direta é proibida no país.

Os dois representam lados opostos do espectro político: ela é uma liderança histórica da aliança de centro-esquerda Nova Maioria (antiga Concertação), enquanto ele comanda a coalizão de centro-direita Chile Vamos. 

Ao deixar a Presidência chilena, Bachelet assumiu o atual cargo na ONU, no qual é responsável por analisar denúncias de violações de direitos humanos em todo o globo. 

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Ao menos 18 pessoas morreram desde que os protestos ganharam força na última sexta-feira (18). Além disso, 2.410 pessoas foram detidas -incluindo 200 menores de 18 anos- de acordo com os dados do Instituto Nacional de Direitos Humanos, órgão responsável por monitorar o assunto no país.

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