Publicado em 17 de junho de 2025 às 11:38
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no inquérito que investiga o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar adversários e disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral.>
O esquema teria ocorrido durante o governo Bolsonaro, quando Ramagem era diretor-geral da Abin.>
O indiciamento é quando a polícia formaliza, em um inquérito, que há indícios suficientes de que alguém foi autor de um crime para que a pessoa se torne réu em um processo penal.>
Agora caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Paulo Gonet, avaliar as provas apresentadas e decidir se formaliza uma denúncia contra os acusados.>
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Havendo denúncia por parte da PGR, caberia ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se prossegue com uma ação.>
No total, mais de 30 pessoas foram indiciadas no caso da "Abin paralela" pela PF, que enviou relatório final ao STF.>
Entre os indiciados estão autoridade que integram a atual gestão da agência, como os delegados Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin, o chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega e o corregedor-geral José Fernando Chuy.>
Todos eles são delegados de carreira da Polícia Federal nomeados ao cargo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Corrêa, por exemplo, é suspeito de ter autorizado uma ação hacker da agência contra autoridades do governo do Paraguai.>
Já Ramagem, segundo a PF, teria sido responsável, quando ainda diretor-geral da Abin, por estruturar um esquema de espionagem ilegal que mirava, entre outros, em adversários políticos do governo.>
Segundo a investigação, Bolsonaro teria se beneficiado do esquema de espionagem ilegal montado na Abin. >
Carlos, por sua vez, teria usado as informações obtidas pela agência de inteligência para alimentar uma rede de perfis em redes sociais com ataques a adversários do governo.>
Bolsonaro e Ramagem têm negado a existência de estruturas paralelas na agência e a participação em espionagens ilegais.>
Já Carlos Bolsonaro comentou o indiciamento em postagem na rede social X (antigo Twitter): " Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!", escreveu o vereador.>
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