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Papa Francisco pede que pais não condenem filhos por orientação sexual

Papa Francisco pede que pais não condenem filhos por orientação sexual

Segundo o pontífice, embora a Igreja Católica não possa aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pode apoiar leis destinadas a dar a eles direitos conjuntos nas áreas de pensões e saúde e questões de herança

Publicado em 26 de janeiro de 2022 às 15:37

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Em mensagem de Ano Novo, papa Francisco condena violência contra mulher e pede paz
Papa Francisco. (Reprodução | Instagram @franciscus)

Papa Francisco pediu nesta quarta-feira, 26, que os pais não condenem os filhos por causa de orientação sexual, mas sim ofereçam apoio a eles. O pontífice fez o comentário durante audiência semanal no Vaticano em referência às dificuldades que os pais podem enfrentar na criação dos filhos.

"Essas questões incluíam pais que veem diferentes orientações sexuais em seus filhos e como lidar com isso, como acompanhar seus filhos e não se esconder atrás de uma atitude de condenação”, afirmou Francisco.

Em outros momentos, o pontífice já havia dito que os homossexuais têm o direito de serem aceitos por suas famílias como filhos e irmãos. Também tem defendido que os casais homossexuais tenham proteções legais, mas no que diz respeito à esfera civil, não dentro da Igreja Católica.

Embora a Igreja Católica não possa aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a instituição pode apoiar leis de união civil destinadas a dar a eles direitos conjuntos nas áreas de pensões e saúde e questões de herança.

Em 15 de março de 2021, o Vaticano decidiu que a Igreja Católica não pode abençoar casais homossexuais porque Deus "não pode abençoar o pecado", uma decisão que desapontou muito os católicos homossexuais.

A Congregação para a Doutrina da Fé, o organismo doutrinário do Vaticano, emitiu a determinação, na época, em resposta a dúvidas e ações de algumas paróquias sobre a concessão de tais bênçãos como um gesto de acolhimento de católicos gays, já que a Igreja não permite o casamento homossexual.

Ainda segundo o decreto, homossexuais podem ser aceitos e podem receber bênçãos nas Igrejas Católicas. No entanto, a união entre pessoas do mesmo sexo não pode ser abençoada. A resposta, contida em uma explicação de duas páginas publicada em sete línguas, foi autorizada pelo papa Francisco.

Em alguns países, como os Estados Unidos e a Alemanha, paróquias e ministros começaram a abençoar uniões do mesmo sexo em vez de casamento, e houve pedidos para que os bispos as institucionalizassem de fato.

Conservadores da igreja disseram que o papa, ao enviar notas de agradecimento a padres e freiras que realizam a benção, está dando sinais contraditórios sobre a homossexualidade, confundindo alguns fiéis.

No mês passado, um departamento do Vaticano pediu desculpas por “causar dor a toda a comunidade LGBTQ” ao remover de seu site um link para um material de divulgação de um grupo católico que atua em defesa dos direitos dos homossexuais na preparação para uma reunião do Vaticano em 2023 sobre a direção futura da igreja.

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