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Maduro pede união da esquerda na América Latina após eleição de Bolsonaro

Maduro pede união da esquerda na América Latina após eleição de Bolsonaro

Presidente venezuelano citou argentino Mauricio Macri e colombiano Iván Duque como exemplos do avanço da direita na região

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 14:40

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Nicolás Maduro. (REUTERS/Marco Bello)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, defendeu nesta quarta-feira a união da esquerda na América Latina, após a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil e o avanço da direita em outros países da região.

Maduro, que visitou Cuba na terça-feira, citou os presidentes de Argentina, Mauricio Macri, e Colômbia, Iván Duque, para exemplificar o avanço da direita na região.

"Tem futuro o povo sul-americano com um Macri, com um Duque à frente?! (...) Estamos em uma imensa confrontação geopolítica de modelos, projetos e ideias", declarou Maduro em um ato no qual esteve presente o embaixador cubano na Venezuela, Rogelio Polanco.

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela
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Na segunda-feira, o governo em Caracas felicitou Bolsonaro pela vitória, exortando o presidente eleito a "retomar, como países vizinhos, o caminho das relações diplomáticas de respeito" com a Venezuela.

No que definiu como uma "correlação de forças amigáveis", Maduro defendeu nesta quarta-feira um novo impulso na Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), organização regional fundada pelos finados líderes Hugo Chávez e Fidel Castro, e hoje integrada por Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Granada, Nicarágua, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela.

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Diante do que definiu como uma "correlação de forças pouco amigáveis", Maduro defendeu o impulsionamento da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), organização regional fundada pelos falecidos líderes Hugo Chávez e Fidel Castro, que estabeleceram estreitos laços entre Venezuela e Cuba. Os dois se reuniram em Havana em dezembro de 2004 e assinaram um acordo que extinguia tarifas alfandegárias de importações. Cuba também teria investimentos e petróleo subsidiados pelo aliado, segundo o convênio da Alba, cuja estrutura e até terminologia indicava a oposição à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), promovida pelo Estados Unidos. Em dez anos, Chávez morreu, Fidel saiu da cena política e os integrantes diversificaram sua política externa para a região com a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados da América Latina e Caribe (Celac). O projeto bolivariano saiu enfraquecido.

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