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Lula nomeia Gleisi Hoffmann para Relações Institucionais e dá seguimento à reforma ministerial

Lula nomeia Gleisi Hoffmann para Relações Institucionais e dá seguimento à reforma ministerial

Deputada e presidente do PT, Gleisi substituirá Alexandre Padilha, convocado para chefiar a pasta da Saúde.

Publicado em 28 de fevereiro de 2025 às 14:44

Imagem BBC Brasil
Gleisi Hoffmann substituirá Alenxadre Padilha, nomeado para a pasta da Saúde Crédito: Jose Cruz/Agência Brasil

Em mais um passo da reforma ministerial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou, nesta sexta-feira (28/2), a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) para ocupar a pasta das Relações Institucionais.

"Vem para somar na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, na interlocução do Executivo com o Legislativo e demais entes federados", escreveu Lula em sua conta no X.

Gleisi, por sua vez, foi à mesma rede social agradecer o convite e o apoio do PT.

"Sempre entendi que o exercício da política é o caminho para avançarmos no desenvolvimento do país e melhorar a vida do nosso povo. É com este sentido que seguirei dialogando democraticamente com os partidos, governantes e lideranças políticas, como fiz nas posições que ocupei no Senado Federal, na Câmara dos Deputados, na Casa Civil, na Diretoria de Itaipu e, atualmente, na presidência do PT", escreveu ela.

Padilha já havia comandado a Saúde anteriormente, no governo de Dilma Rousseff (PT), entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014.

A saída de Padilha da pasta de Relações Institucionais, que é responsável pela articulação política do governo, abriu espaço para Lula melhorar a relação com o Congresso.

Padilha vinha enfrentando problemas na condução das negociações políticas, tendo sido chamado publicamente de incompetente pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

Desde o início de fevereiro, o Congresso tem novas lideranças, com Hugo Motta (Republicanos-PB) à frente da Câmara e o Davi Alcolumbre (União-AP) no comando do Senado.

O Palácio do Planalto, porém, não deu explicação oficial para a troca ministerial. Segundo a imprensa brasileira, Nísia Trindade foi demitida por uma insatisfação de Lula com os resultados da pasta.

Atualmente, além de deputada federal pelo Paraná, Gleisi é a atual presidente do PT.

Gleisi tem 59 anos. Ela participou do movimento estudantil e se formou em direito, com especialização em gestão pública. É filiada ao PT desde 1989 e assessorou quadros do partido.

Elegeu-se senadora em 2010 e foi ministra da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff (PT) de 2011 a 2014.

Assumiu a presidência do PT em 2017. Seu mandato à frente da sigla deve se encerrar em julho deste ano, quando estão convocadas eleições internas do partido.

A posse de Gleisi está marcada para 10 de março.

Seu nome foi escolhido em meio à críticas pela redução da participação feminina no governo Lula. Havia 11 mulheres à frente de ministérios no início do mandato.

Três formam demitidas e substituídas por homens: Ana Mozer (Esporte) e Daniela Carneiro (Turismo), além de Nísia.

Agora voltam a ser nove pastas chefiadas por mulheres, com a nomeação de Gleisi para comandar a articulação política de Lula em um momento de crise.

O anúncio destas mudanças vem após meses de especulação sobre uma reforma ministerial, discussão que ganhou novo fôlego após a forte queda de popularidade de Lula no início do ano.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada em 14 de fevereiro, a aprovação do presidente recuou de 35% para 24% em dois meses, pior nível já registrado pelo petista em todos os seus mandatos. A reprovação também é recorde, subindo de 34% a 41%.

Nesse contexto, partidos do Centrão pressionam o presidente por mais espaço na Esplanada dos Ministérios.

Esta reportagem está em atualização.

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