Publicado em 26 de dezembro de 2023 às 08:03
Você já experimentou kimchi? >
Se tivéssemos feito estas perguntas há dez anos, é possível que muitos respondessem com um sonoro "não".>
Mas, na última década, e especialmente desde a pandemia, a especialidade coreana ganhou destaque em supermercados, restaurantes e lares em todo o mundo.>
Contamos o que está por trás da popularidade deste prato tradicional e como ele se tornou um negócio global multimilionário.>
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O povo coreano, hoje dividido entre o norte comunista e o sul capitalista, compartilha uma antiga tradição gastronômica em que vegetais, juntamente com o arroz, o peixe e a carne, são ingredientes básicos.>
O inverno rigoroso da Península Coreana, com temperaturas inferiores a -20 °C em algumas regiões, favoreceu a prática da fermentação para preservar o teor nutricional dos vegetais nos meses mais frios do ano.>
Especialmente no outono, as mulheres coreanas costumam fermentar espinafre, rabanete, folhas de gergelim ou pepino em casa.>
Mas há um vegetal que ocupa um lugar especial entre os demais: a acelga, ou couve chinesa, principal ingrediente do kimchi.>
Durante séculos, este produto fermentado foi onipresente nos lares coreanos, que quase sempre o conservam em uma geladeira exclusiva para ele e o servem em quase todas as refeições do dia, seja como acompanhamento ou cozido em sopas, ensopados e salteados.>
Para preparar o kimchi, a acelga é cortada, salgada e misturada com uma pasta de alho, gengibre, cebolinha, pasta de peixe (jeotgal) e pimenta em pó (gochugaru). >
Depois de adicionar rabanetes e outros vegetais opcionais, a mistura é deixada para fermentar em temperatura ambiente e depois na geladeira.>
Tanto a escolha dos ingredientes como o tempo de fermentação — que pode variar de alguns dias a vários meses — contribuem com diferentes nuances para o sabor ácido e picante característico do kimchi.>
"O sabor muda ao longo da fermentação e tem um gosto diferente dependendo de quem o prepara. Dizem que existem tantos sabores de kimchi quanto mães", diz Cherin Park, pesquisadora-chefe do World Kimchi Institute, na Coreia do Sul, em entrevista ao podcast BBC Business Daily.>
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