Publicado em 27 de janeiro de 2021 às 18:37
- Atualizado há 4 anos
Líder mundial em imunização contra a Covid-19, Israel pretende vacinar até maio todos os seus atletas que devem competir na Olimpíada de Tóquio, disse o comitê olímpico do país nesta quarta-feira (27). >
A cerimônia de abertura do megaevento esportivo está marcada para 23 de julho. Também nesta quarta, o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, voltou a afirmar que um cancelamento da edição japonesa não está em discussão.>
"Não vamos perder tempo nem energia em especulações sobre se os Jogos serão realizados ou não", declarou Bach. "Estamos trabalhando na organização dos Jogos", acrescentou.>
Muitas vagas para o evento ainda estão em aberto, à espera de torneios pré-olímpicos marcados para os próximos meses ou do fechamento de rankings classificatórios.>
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Os casos globais de Covid-19 ultrapassaram 100 milhões nesta quarta-feira, e países de todo o mundo lutam com novas variantes do vírus e uma escassez de vacinas. Mas Israel lidera o planeta em vacinações per capita, já tendo alcançado 47% de seus cerca de 9,3 milhões de habitantes, de acordo com o agregador OurWorldInData.>
"Até o final de maio de 2021, todos estarão completamente vacinados contra o coronavírus", disse o comitê israelense à Reuters em um email. Em 2016, o país mandou 47 atletas para a Olimpíada do Rio de Janeiro.>
Grande parte do Japão se encontra em estado de emergência devido a uma nova onda de infecções, mas os organizadores prometem seguir em frente com os Jogos depois de eles serem adiados por um ano por causa da pandemia.>
O chefe de missão da Dinamarca, Soren Simonsen, disse que "aproximadamente 150 atletas e 200 oficiais" receberão a vacina. "Na Dinamarca, o governo começará a vacinar pessoas saudáveis em geral em abril, então esse é o primeiro intervalo disponível", afirmou Simonsen. "Todo o povo dinamarquês deve receber uma vacina aproximadamente até 1º de julho.">
O comitê da Hungria também disse que seus atletas serão vacinados "em algumas semanas".>
O da Bélgica pediu a seu governo de 400 a 500 vacinas para atletas e demais membros de sua comitiva para os Jogos, mas declarou que isso não significa pleito de tratamento preferencial em relação aos públicos prioritários.>
Já o da Grécia reconheceu que tem pressionado o governo do país para garantir a imunização aos atletas após a vacinação de equipes médicas e idosos com mais de 80 anos.>
Entidades de outros países, em contrapartida, dizem que não pretendem interferir na fila normal de vacinação definida por seus governos. É a postura adotada até o momento pelo Comitê Olímpico do Brasil.>
Um representante da Associação Olímpica Britânica afirmou à Reuters que a entidade não conversou com seus atletas sobre vacinação e que a prioridade do país continua sendo as pessoas vulneráveis, os idosos e os profissionais da linha de frente.>
O comitê da Alemanha disse que sua delegação iria "esperar na fila". O Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos (USOPC) ainda não emitiu uma política oficial, mas seu chefe médico, Jon Finnoff, declarou que os atletas americanos não terão prioridade.>
O USOPC, porém, pode considerar a compra de vacinas quando estiverem disponíveis para o público em geral.>
Thomas Bach tem dito que, embora os participantes do evento sejam incentivados a se vacinar, isso não será obrigatório para participação na Olimpíada.>
Na semana que vem, o COI deve começar a apresentar um plano mais detalhado sobre como pretende levar os Jogos de Tóquio adiante no cenário de pandemia.>
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