Centenas de casais carregando rifles lotaram o Santuário da Paz Mundial e da Unificação na Pensilvânia, na quarta-feira, para abençoar os seus casamentos e, de quebra, celebrar as suas armas como cajados de ferro que, segundo eles, poderiam ter salvado vidas no recente massacre numa escola da Flórida, em que 17 pessoas morreram.
As mulheres de branco e os homens de preto se agarravam às armas, que deveriam estar descarregadas para o evento na região rural de Pocono Mountains, a cerca de 160 quilômetros de Filadélfia. Havia quem usasse coroas, algumas feitas de balas, enquanto líderes religiosos vestiam roupas brancas e rosa brilhantes, combinando com os seus armamentos.
Um porta-voz da igreja, atualmente liderada pelo reverendo Hyung Jin Moon, disse que a cerimônia havia sido planejada por muito tempo, bem antes de um atirador abrir fogo contra alunos e professores em Parkland. Os estudantes do ensino fundamental de uma escola próxima ao evento foram realocados durante o dia de ontem, para manter-se distantes dos defensores de armas.
Cada um de nós deve usar o poder do cajado de ferro não para armar ou oprimir, como foi feito em reinos satânicos deste mundo, mas para proteger os filhos de Deus, disse o reverendo Moon em nota. Se o treinador de futebol que correu para defender os alunos do atirador com o seu próprio corpo tivesse permissão para carregar uma arma, muitas vidas, incluindo a sua própria, poderiam ter sido salvas.
O Santuário da Paz Mundial e da Unificação é uma dissidência da Igreja da Unificação fundada pelo filho do reverendo Moon, líder religioso sul-coreano morto em 2012 aos 92 anos. A instituição disse não apoiar o evento realizado na Pensilvânia.
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