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Ex-presidente Macri será processado por escutas ilegais na Argentina

Ex-presidente Macri será processado por escutas ilegais na Argentina

A procuradoria federal da Argentina abriu processo nesta sexta-feira (29) contra o ex-presidente Mauricio Macri por conta de uma suposta espionagem realizada por meio da Agência Federal de Inteligência

Publicado em 29 de maio de 2020 às 19:29

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Ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri
Ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri. (Reprodução Twitter)

A procuradoria federal da Argentina abriu processo nesta sexta-feira (29) contra o ex-presidente Mauricio Macri por conta de uma suposta espionagem realizada por meio da Agência Federal de Inteligência. O alvo dessa espionagem eram funcionários do governo, empresários, sindicalistas, opositores e artistas.

Junto ao ex-mandatário, foi acusado Gustavo Arribas, que era o titular da agência. Arribas também havia sido acusado de receber propina da empreiteira brasileira Odebrecht, por uma transação financeira suspeita realizada em seu nome quando vivia em São Paulo e agenciava jogadores de futebol, entre outros negócios. Trata-se de um amigo pessoal de Macri.

A denúncia contra ambos foi apresentada pela atual chefe da AFI, Cristina Caamaño, que afirma terem sido "espionados os e-mails de quase cem pessoas sem que houvesse uma ordem judicial". A lista dos espionados foi entregue à Procuradoria.

Um deles seria o apresentador de televisão Marcelo Tinelli, o mais conhecido na Argentina, que também tem pretensões políticas. Tinelli é, ainda presidente do clube de futebol San Lorenzo, e uma pessoa influente no mundo do futebol, assim como Macri, ex-presidente do Boca Juniors.

Nas redes sociais, Tinelli expressou sua raiva ao se descobrir na lista: "Escutavam meus telefonemas, liam meus e-mails, me apertavam com a Afip (Receita Federal argentina). Tudo sem ordem judicial".

O promotor do caso, Jorge di Lello, considerou as evidências legítimas e dará seguimento ao processo.

Segundo a procuradoria, foi entregue um arquivo "com rastros digitais que mostram uma conexão entre o sistema de vigilância da agência e os espionados com a finalidade de produzir inteligência ilegal".

Nesta primeira fase do processo, o ex-presidente terá de prestar depoimento, em data a ser determinada.

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