Pode parecer estranho o regime norte-coreano adotar a tradição de animação de torcida tão comumente ligada à cultura dos Estados Unidos, mas a Coreia do Norte também costuma enviar líderes de torcida para competições esportivas das quais participa. Nas Olímpiadas de Inverno, que acontecerão na cidade de Pyeongchang, na Coreia do Sul, uma esquadra de 230 norte-coreanas vão para os jogos do próximo mês, conforme o governo de Kim Jong-Un anunciou nesta quarta-feira.
Mais de dois anos sem encontros oficiais entre as duas Coreias, líderes dos dois países concordaram em enviar para os jogos, junto dos atletas norte-coreanos, uma equipe de artistas como forma de reaproximar os dois países, separados desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Além de uma orquestra de 140 músicos, a delegação também terá a girlband, formada por ex-militares, como destaque.
Uma reunião entre 20 países em Vancouver, no Canadá, nesta terça-feira, conluiu ser preciso considerar sanções mais duras para pressionar a Coreia do Norte a desistir de suas armas nucleares.
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, advertiu o Norte, frisando que poderia provocar uma resposta militar, se o regime de Kim não escolhesse o diálogo.
Para o ministro japonês das Relações Exteriores, Taro Kono, o mundo não deve ser ingênuo sobre a "ofensiva do encanto" da Coreia do Norte na forma como ela trata as Olimpíadas.
Não é hora de aliviar a pressão, nem de recompensar a Coréia do Norte ressaltou Kono. O fato de que a Coreia do Norte se engajar num diálogo pode ser interpretado como a prova de que as sanções estão funcionando completou.
A China, que não compareceu à reunião de Vancouver, afirmou nesta quarta-feira que o encontro mostrou uma mentalidade de Guerra Fria que só prejudicaria uma solução da problemática no que concerne a Coreia do Norte.
O líder norte-coreano Kim Jong-Un se recusou a desistir de desenvolvimento de mísseis nucleares capazes de atingir os Estados Unidos, apesar das sanções da ONU cada vez mais severas, aumentando os temores de uma nova guerra na península coreana, já que o país disparou testes de mísseis ao Japão.
Por meio da imprensa estatal nesta semana, a Coreia do Norte advertiu o Sul de estar assolando os laços entre os dois países ao insistir na desistência de armas nucleares.
Trabalharemos ativamente para melhorar as relações Norte-Sul-coreanas, mas não vamos ficar parados diante de ações que sejam contra a unificação afirmou o jornal norte-coreano "Rodong Sinmun".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta