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Bebês siamesas que dividiam coração são separadas com sucesso nos EUA

Bebês siamesas que dividiam coração são separadas com sucesso nos EUA

Anna e Hope Richards, de 1 ano, eram unidas por peito e abdômen, e devem deixar o hospital pela primeira vez no próximo mês

Publicado em 14 de fevereiro de 2018 às 22:36

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Anna e Hope Richards nasceram siamesas . (Paul Vincent Kuntz | Hospital Infantil do Texas)

Duas gêmeas idênticas unidas pelo abdômen e pelo peito foram separadas após uma cirurgia de sete horas nos Estados Unidos. Anna e Hope Richards nasceram por cesariana em 29 de dezembro de 2016 presas uma à outra, e seus pais, Michael e Jill Richards, não sabiam ao certo se um dia seria possível separá-las.

Elas compartilhavam a parede torácica, parte do coração, o fígado e o diafragma. A delicada operação foi realizada, com sucesso, em 13 de janeiro, e divulgada nesta quarta-feira (14) pelo portal "Independent". As bebês ainda estão no hospital, mas passam bem e dormem, pela primeira vez, em camas separadas.

"É um sentimento indescritível de olhar para as nossas meninas em duas camas separadas. Não poderíamos estar mais agradecidos com toda a equipe do Hospital Infantil do Texas por fazer esse sonho se tornar realidade" disse a mãe, Jill, ao portal.

A condição das gêmeas foi identificada durante uma ultrassonografia de rotina, e, por causa do estado delicado, as bebês nunca puderam deixar o hospital. Elas dividiam um grande vaso sanguíneo que conectava seus corações através da parede torácica.

Segundo o médico Oluyinka Olutoye, cirurgião pediátrico do Hospital Infantil do Texas, na cidade de Houston, somente manter as gêmeas vivas e saudáveis exigiu um planejamento intenso desde antes do nascimento. Em um comunicado divulgado pelo hospital, Olutoye explicou que, para realizar a cirurgia de separação das meninas, foi necessário meses de exames de imagem, modelagem e pesquisas.

Depois de confirmar que um dia seria possível separar Anna e Hope, o primeiro passo exigia que os médicos inserissem expansores de tecido no peito delas, de modo que cada uma tivesse pele suficiente para cobrir seus órgãos, uma vez que a cirurgia estivesse em andamento.

Em 13 de janeiro, Olutoye e uma equipe de 75 cirurgiões, anestesistas, cardiologistas e enfermeiras enfrentaram a tarefa complexa de desconectar os corações das meninas. Apesar dos numerosos riscos associados, a operação foi um sucesso.

"Por meio de simulações e inúmeras reuniões de planejamento, conseguimos nos preparar para situações que poderiam surgir durante a separação. Estamos entusiasmados com o resultado e estamos ansiosos para continuar a cuidar de Anna e de Hope enquanto elas se recuperam", afirmou, no comunicado, o cirurgião-chefe e chefe de cirurgia plástica do hospital, Larry Hollier.

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A previsão é de que as meninas possam ir para casa - pela primeira vez em suas vidas - em março. E os médicos estão confiantes de que elas levarão uma vida saudável.

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