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Publicado em 31 de outubro de 2022 às 08:31
Comprar um carro zero quilômetro é o sonho de vida de muita gente. Afinal, quando você é o primeiro dono, acaba tendo menos dor de cabeça com eventuais defeitos causados por proprietários anteriores, porém tudo tem um "mas'. Não é só porque o carro é novo que ele não precisa de cuidados. >
O que pouco se discute é que, ainda hoje, não existe carro zerado que não tenha sofrido reparos de pintura. Esses veículos e os que ainda nem saíram da concessionária costumam precisar de reparos de pintura, que são feitos até mesmo antes de saírem da fábrica. >
Quando saem intactos da fábrica, ainda podem sofrer problemas no transporte até a concessionária. “Uma situação comum é que alguns carros saem das montadoras para as concessionárias e, nesse trajeto, podem acontecer erros humanos no transporte à cegonha, por exemplo, que acarretam em problemas estéticos, como ralar a lateral do carro. Como a seguradora não cobre esse tipo de incidente, a concessionária tem de reparar a pintura para realizar a venda do veículo”, explica o consultor automotivo Gabriel de Oliveira.>
O presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado do Espírito Santo (Sindirepa), Diego Receputti, alerta que todos os modelos de carro zero quilômetro podem apresentar algum tipo de defeito. Uns mais críticos, outros menos. >
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“A falta de protetor de cárter, por exemplo, é perigosa. Esse item, que antigamente vinha em todos os veículos, é um acessório vendido à parte pela concessionária. Se o veículo não tiver essa peça e sofrer um impacto na parte de baixo, pode ser um problema. O cárter do veículo, quando quebrado, pode provocar o vazamento de todo o automóvel, fazendo com que o carro não ande, danificando diversas peças do motor”, frisa Diego.>
Outra prática comum é a utilização de pneu fora de medida no estepe do veículo. "O consumidor normalmente só repara nisso quando precisa usar em alguma emergência", aponta.>
Ainda segundo o representante do Sindirepa, o carro zero quilômetro que apresenta barulhos não é raro. “Atendemos vários veículos que chegam com o cliente reclamando de ruídos dos mais diversos. Quando está na garantia, sugerimos que ele procure a concessionária. O mais prudente é que o consumidor, ao retirar o veículo na concessionária, rode com o consultor para sentir se o problema está acontecendo", instrui.>
Ele recomenda ainda que quando o consumidor tiver algum problema com o veículo em itens na garantia, procurar o concessionário local. >
Embora seja extremamente raro os veículos saírem com erros ou problemas crônicos quando deixam a concessionária, isso acontece. Por isso, o comprador deve ficar em alerta para a manutenção preventiva do carro, que deve ser realizada tão logo quando o veículo é adquirido e ao longo dos primeiros anos de uso. >
Assim como os carros usados, é preciso ficar atento para manter o carro valorizado no mercado e para poder dirigir com segurança. Dessa forma, o motorista pode ter a tranquilidade de rodar com segurança para evitar acidentes e desfrutar dos confortos que as funções do veículo podem proporcionar. Mas para que isso ocorra, é preciso cuidar da prevenção da saúde automotiva dele. >
A manutenção preventiva serve para monitorar o funcionamento dos itens do carro para evitar futuras falhas e manter o bom desempenho do veículo. Se ela não for feita periodicamente, isso pode acarretar gastos até 40% maiores com a manutenção corretiva, já que, em decorrência de uma pequena falha, outros componentes podem ser danificados.>
Ao contrário dessa prevenção, a manutenção corretiva corrige ou substitui algum componente danificado do veículo. Geralmente ela é feita em casos de extrema necessidade, quando alguma peça apresenta defeito.>
“Não se trata de um método muito vantajoso, porque geralmente gera mais gastos e pode levar mais tempo para o conserto, pois o problema pode se agravar, causando avaria em outros componentes e podendo até ocasionar graves acidentes”, afirma um dos diretores do Grupo Contauto, Apolo Figueiredo Rizk.>
Mesmo com as revisões em dia, podem ocorrer problemas inesperados. Por esse motivo, além desses itens que devem ser conferidos nas manutenções preventivas, é preciso checar sempre as lâmpadas, a bateria, as velas, entre outros componentes. >
Pneus
São itens que não podem deixar de ser revisados. A calibragem correta, o alinhamento e a geometria são importantes para prolongar a vida útil deles e para manter a segurança e o conforto dos ocupantes do veículo.
Suspensão
Conjunto de componentes que estão diretamente ligados à funcionalidade dos pneus e precisam de acompanhamento constante por sofrerem desgastes excessivos. O sistema é composto por itens como amortecedores, coxins, pivôs, buchas, molas, axiais, entre outros. A função dela é manter a estabilidade do carro, absorvendo os impactos das imperfeições do solo, trazendo dirigibilidade e conforto aos ocupantes do veículo.
Freios
Geralmente, a manutenção é indicada a cada 10 mil quilômetros rodados. A integridade dos discos de freio, das pastilhas, das lonas, dos tambores, do fluido de freio e de outros itens que compõem o sistema de frenagem do automóvel são imprescindíveis para a segurança dos ocupantes.
Óleo lubrificante
Recomenda-se conferir no manual do fabricante as especificações de troca. Essa manutenção é importante para manter a durabilidade e o desempenho do motor, visto que a substituição e o uso do lubrificante correto são essenciais para manter a lubrificação, reduzindo o atrito entre as peças e retendo a temperatura adequada para o funcionamento do motor.
Filtros
Eles fazem o automóvel trabalhar corretamente retendo impurezas e partículas que podem acarretar sérios problemas para alguns componentes do carro e até para a saúde dos passageiros. O período de troca geralmente é indicado pelas montadoras, pelo fabricante do óleo ou do filtro, podendo variar de acordo com a rodagem do veículo.
Correias
São itens que merecem atenção, pois são peças simples e, de certa forma, baratas, mas de grande valia. O automóvel pode ter quatro tipos de correia, mas a mais importante é a correia dentada, localizada no interior do motor, onde faz a conexão entre o virabrequim e o comando de válvulas. É indicado conferir as recomendações do manual do fabricante.
Fonte: especialistas consultados.>
Eduarda Moro é aluna do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta e foi supervisionada pela editora adjunta do Estúdio Gazeta Karine Nobre. >
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