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Novo Peugeot 2008: SUV compacto foca no estilo para se destacar

Novo Peugeot 2008: SUV compacto foca no estilo para se destacar

Testamos a versão intermediária Griffe 1.6 AT do Peugeot 2008, que combina o motor 1.6 aspirado com os equipamentos da “top” turbinada Griffe 1.6 THP

Publicado em 23 de março de 2020 às 10:55- Atualizado há 4 anos

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SUV compacto ganhou linhas e ângulos que reforçam o aspecto de modelos maiores. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

Os utilitários esportivos e veículos com estética off-road dominam a lista dos automóveis lançados no Brasil nos últimos anos. Mas o excesso acaba depondo contra seu principal apelo de vendas – que é justamente se diferenciar dos carros “comuns”. Para tentar "fazer a diferença" em termos de estilo, o 2008 trouxe, em maio, uma remodelação em relação ao que chegou ao Brasil em 2015, com inovações tornaram o crossover compacto da Peugeot mais assemelhado ao 3008 e 5008, SUVs maiores.

Inicialmente, oferecido apenas com o motor flex aspirado 1.6 VTI, de 118 cavalos, e nas versões Allure, Allure Pack e Griffe, a partir de novembro, o modelo 2020 do Peugeot 2008 apresentou a versão Griffe 1.6 THP flex, com motor turbo de 173 cv. Assim, seis meses depois de lançada, a Griffe 1.6 com motor aspirado perdeu o status de "top" de linha e passou a ser a versão intermediária mais incrementada.

No visual do modelo 2020, a principal novidade é a grade frontal, emoldurada em acabamento em preto e mais verticalizada, com elementos tridimensionais. O capô está mais horizontalizado, o que reforça o aspecto de SUV. O novo para-choque frontal aumentou o ângulo de ataque do carro, que agora é de 23 graus. Os protetores pretos na parte inferior da carroceira são de série para todas as versões. Na traseira, foram preservadas as lanternas e o para-choque saliente dotado das luzes de ré e de neblina.

Na versão Griffe 1.6 AT, o motor de 16 válvulas, com 118 cv a 5.750 rpm (etanol) e 16,1 kgfm de torque a 4.750 giros, trabalha com o câmbio automático EAT6 de seis velocidades da Aisin – o mesmo da THP. Oferece quatro modos de condução (drive, eco, sport e sequencial).

SUV oferece segurança e conforto por menos de R$ 100 mil. ( Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

Harmonia interior

De série, a versão testada é equipada com seis airbags, ar-condicionado digital bizone, faróis com guia de luz em LEDs e DRL, limitador e regulador de velocidade, Connect Radio de 7 polegadas, Android Auto e Apple CarPlay, roda de liga leve 16", barras de teto, câmera de ré, teto de vidro panorâmico, sensor de chuva e de luminosidade, entre outros. Custa R$ 90.900.

Já a atual “top” Griffe THP mantém esses acessórios e vem com motor turbo e Grip Control. Mas aí o preço rompe a “barreira psicológica” dos R$ 100 mil e atinge os R$ 100.990. Com os mesmos equipamentos e acabamento da "top", cabe à versão com motor aspirado a função de agradar a quem gosta de requinte e tecnologia, porém, não pretende pagar mais de R$ 10 mil por uma esportividade adicional – que, muitas vezes, acaba nem sendo tão desfrutada.

O conceito i-Cockpit tornou-se uma das identidades mais marcantes dos modelos da Peugeot. O volante de multifunções com dimensões reduzidas no estilo SportDrive tem assistência progressiva elétrica e proporciona um estilo de direção diferente.

Os bancos são forrados em um polímero que imita couro nas extremidades e na parte posterior. O acabamento, embora adote plásticos rígidos, aparenta qualidade. O freio de estacionamento no formato de manche é bonito, no entanto, não é muito anatômico e requer alguma força para soltar. O porta-malas tem capacidade para 402 litros.

Porta-malas possui 402L de espaço. (Luiza Kreitlon/AutoMotrix)

Experiência a bordo

Com ótima pegada e regulável em altura e distância, o volante de diâmetro reduzido proporciona uma instantânea percepção de esportividade a quem senta no lugar do motorista – mesmo que, em termos dinâmicos, tal esportividade nem seja efetiva.

No caso da versão testada, o motor 1.6 aspirado até dá conta do recado, mas sem proporcionar maiores descargas de adrenalina. As trocas do câmbio automático de 6 velocidades são eficientes, porém as retomadas não são tão vigorosas. Para obter acelerações mais rápidas, é necessário pisar fundo no pedal do acelerador, o que aumenta o nível de ruído a bordo.

Quando o motorista opta por um estilo mais “civilizado” no trânsito, o 2008 1.6 Griffe AT oferece boa dirigibilidade e entrega um rodar suave. A direção é agradável em manobras e torna-se gradualmente firme em velocidades mais altas. Com conjunto suspensivo equilibrado, inclina pouco nas curvas. A suspensão elevada, com 20 cm de vão livre, e o ângulo de entrada de 23 graus até ajudam a passar facilmente por quebra-molas e encarar com desenvoltura trilhas leves, no entanto, a ausência de tração 4x4 não recomenda maiores ousadias no off-road.

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