Publicado em 15 de abril de 2025 às 17:38
A Nissan modernizou a fábrica de Resende (RJ) para produzir a segunda geração do Nissan Kicks. O modelo é o primeiro de uma série de lançamentos no Brasil. A montadora japonesa está investindo R$ 2,8 bilhões para a produção do novo SUV e de mais um modelo inédito no país.>
A linha de montagem recebeu novos robôs e um sistema de reciclagem. Uma prensa de pequeno porte reaproveita as rebarbas de aço que sobram após a confecção de peças como laterais e portas. O material é usado em novos componentes. No total, foram instalados 98 novos robôs e criados 297 novos postos de trabalho na linha de produção, segundo a montadora. A fábrica ganhou também 29 novos Veículos Guiados Automaticamente (AGVs) totalizando 202 unidades de um tipo de robô autoguiado que conduz carrinhos de peças e plataformas.>
O novo Kicks será equipado com motor 1.0 turbo flex. O modelo é maior que o da geração passada, que segue em linha com o sobrenome Play. Segundo Guy Rodríguez, presidente da Nissan América Latina, a região é responsável por 15% das vendas globais da montadora, e 25% dessa comercialização ocorre no Brasil.>
A fabricante japonesa planeja ampliar a exportação de modelos feitos em Resende. Segundo Rodríguez, para garantir o aumento da cadência de produção dentro de dois turnos de operação, a Nissan vai contratar 400 novos funcionários para sua fábrica. >
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O próximo modelo montado na cidade fluminense será enviado para mais de 20 países latino-americanos, de acordo com Gonzalo Ibarzábal, presidente da Nissan do Brasil. Além disso, a Nissan anunciou o início da produção do novo motor turbo em sua fábrica de motores no complexo industrial, outro produto que tem origem no investimento feito pela empresa no Brasil.>
Os executivos da montadora se concentraram no mercado nacional e evitaram falar sobre cenário internacional. A linha de produção da empresa na Argentina está sendo desativada, com transferência da produção da picape Frontier para o México.>
"Nossa fábrica de picapes no México foi a primeira da Nissan fora do Japão. Os países que recebiam o modelo feito na Argentina passam a ser atendidos pela planta mexicana", conta Guy Rodríguez.>
A empresa aguarda os ajustes da nova política tarifária do governo Trump, que deve flexibilizar as taxas de importação para o setor automotivo. A montadora japonesa também monta automóveis nos EUA, mas grande parte dos modelos e dos componentes saem das unidades mexicanas.>
Perguntado sobre o impacto das mudanças de tarifas nos preços dos carros, o presidente da Nissan América Latina evitou projeções. "Sempre há desafios, e se tem uma possibilidade de redução de custos, fazemos isso, com foco no cliente", afirma Rodríguez.>
*Com informações da Folhapress>
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