O ex-atleta e atual presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Rafael Westrupp, e o campeão olímpico do vôlei de praia Emanuel Rego anunciaram suas principais propostas para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), caso sejam eleitos presidente e vice, respectivamente, no pleito marcado para o dia 7 de outubro, na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
O primeiro ponto tratado em comunicado para a imprensa é a aproximação dos atletas ao órgão gestor dos esportes olímpicos do país. Na visão de Westrupp, o diálogo entre COB e seus esportistas deve ser cada vez mais próximo para o progresso de todas as modalidades, em todo âmbito nacional.
- A principal proposta é incluir os atletas como protagonistas efetivos, participativos dos processos de decisões e não apenas como personagens figurativas - afirma Rafael.
Além disso, a ideia é criar uma diretoria de serviços aos atletas, centralizando o apoio oferecido fora os treinamentos e competições, a parte de educação e desenvolvimento – em parceria com o Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), de engajamento, segurança e bem estar dos atletas.
- Queremos oferecer autonomia para a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (CACOB), através de um orçamento específico para a comissão - destacou Emanuel.
A chapa COB+Forte também fala em "trazer as confederações para um diálogo aberto e participativo".
- Queremos criar um Comitê de Gestores das Confederações, que seja protagonista. Implementar a central de atendimento às confederações, além da manutenção da verba não utilizada do ano corrente para o ano subsequente - falou Emanuel.
- Entre os nossos planos, está o de trazer critérios de transparência para distribuição de recursos, a otimização responsável do dinheiro público e, algo que falta muito na atual gestão, o diálogo com a sociedade civil e com todas as entidades, seja Congresso Nacional, Secretaria Especial do Esporte e todas as outras, Comitês e confederações, Secretarias Municipais e Estaduais do Esporte, tão importantes para a massificação e o fomento do esporte brasileiro - explicou Rafael.
A chapa afirma que mira a construção de um modelo de descentralização dos poderes do COB, com destaque para a autonomia do Conselho de Administração, que deverá ter a responsabilidade na construção, por exemplo, do Planejamento Estratégico do COB.
- Fato importante, sugerimos que o presidente do COB e o presidente do Conselho de Administração sejam pessoas distintas - destacam.
Outro objetivo traçado pela dupla é a implantação de um comitê estruturado, onde todas as consultas formais enviadas pelas Confederações e pela Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (CACOB) possam receber esclarecimentos sobre assuntos administrativos, financeiros, de gestão e prestação de contas.
A fim de facilitar a integração entre confederações e atletas de diversas modalidades, e proporcionar melhores condições para as práticas esportivas, Rafael e Emanuel também sonham em transferir a sede do COB para o Parque Olímpico, utilizando de recursos existentes na Secretaria Especial do Esporte e oferecendo a custo zero uma estrutura física a todas as confederações que tiverem interesse. O mesmo se estende à Comissão de Atletas, que terá um espaço bem estruturado e específico.
- O objetivo é centralizar o Esporte Olímpico Brasileiro num mesmo local e economizar milhões de reais por ano referentes ao aluguel da atual sede do COB - fala Westrupp.
- Nossa proposta é trazer mais democracia para a atuação do COB. Eu acredito muito no nosso trabalho de planejamento, de administração, de engajamento - finaliza o ídolo Emanuel.A Sou do Esporte promoverá debates entre os candidatos a presidente, no dia 23 de setembro, a partir das 18h, e a vice, no dia 25 de setembro, a partir das 17h.
Além da chapa formada por Westrupp e Emanuel, o atual presidente do COB, Paulo Wanderley, tentará a reeleição, com o vice Marco La Porta, e Helio Meirelles, presidente da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM), concorre ao lado do medalhista olímpico do atletismo Robson Caetano.
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