Após covid-19, Sônia Abrão está com pneumonia bacteriana; entenda a doença

A infecção é contraída pela bactéria em transmissão comunitária. Os principais sintomas são a febre, a falta de ar, a tosse e as secreções

A apresentadora Sonia Abrão

Sonia Abrão está internada com pneumonia bacteriana. Crédito: Chico Audi/Divulgação

A jornalista Sonia Abrão compartilhou no Instagram que está internada para tratar uma pneumonia bacteriana, após contrair a bactéria com a covid-19. Segundo os médicos, em razão dos medicamentos prescritos para o vírus, a pneumonia não teria se desenvolvido. A apresentadora está curada do coronavírus, mas precisará ficar internada para tratamento da pneumonia.

"É isso, pessoal, desde ontem estou internada para tratar pneumonia bacteriana! Hoje, o diretor, Elias, já recuperadíssimo da covid, veio me visitar. O que aconteceu foi o seguinte: meu pneumologista acredita que contraí a bactéria juntamente com a covid. Como fui medicada com antibióticos na covid, a pneumonia não se desenvolveu, tanto que fiz tomografia do tórax e os pulmões estavam limpíssimos. Como zerei a covid em uma semana, a medicação foi suspensa e aí a pneumonia teve terreno livre para atacar, perdi a voz e depois veio a tosse fortíssima", escreveu ela na rede social.

Embora seja possível realizar o tratamento em casa, a apresentadora conta que deu entrada no hospital no sábado, 27, para monitorar possíveis crises de arritmia causadas por corticoides, um dos medicamentos prescritos pelo médico. Ela também aconselhou os seguidores a cuidarem da saúde em meio ao inverno: “Não esqueçam que ainda estamos na temporada de vírus e bactérias que provocam doenças respiratórias, que vão além da covid. E a pneumonia bacteriana é a bola da vez. Máscara ainda é nossa maior proteção”, escreveu.

O QUE É?

A pneumonia bacteriana é uma doença respiratória aguda que provoca inflamação nos pulmões e suas terminações, ou seja, os brônquios. A pneumologista Jessica Polese conta que a pneumonia é uma inflamação aguda nos pulmões.

"Existem dois tipos, a viral e a bacteriana. A viral é a que temos circulando normalmente em ambientes, mas ela pode dar espaço para outra, potencializar e dar um ambiente propício para a bacteriana. Já a bacteriana é a transmitida por bactérias, ou seja, diversas bactérias podem agravar um quadro para uma pneumonia, e os sintomas presentes são a febre e as secreções amareladas".

"A infecção é contraída pela bactéria em transmissão comunitária e também em ambientes hospitalares, caso a pessoa tenha  passado por alguma internação. Os principais sintomas são a febre, a falta de ar, a tosse e as secreções"

"A infecção é contraída pela bactéria em transmissão comunitária e também em ambientes hospitalares, caso a pessoa tenha passado por alguma internação. Os principais sintomas são a febre, a falta de ar, a tosse e as secreções"

Jessica Polese

A doença não é uma complicação da infecção pelo coronavírus. "A infecção viral pode potencializar ou propiciar a infecção bacteriana. A pneumonia bacteriana é causada por pneumococo e temos vacina nesses casos", diz Jessica Polese. 

A pneumologista Marli Lopes, da MedSenior, conta que a transmissão geralmente ocorre pelo ar ou pelo sangue. "A pessoa pode ter o mecanismo de defesa do corpo já comprometido contar agentes externos ou bactéria muito virulenta que pode causar esse quadro pneumônico".

Os principais sintomas podem ser tosse (com ou sem catarro), dor no peito, febre, calafrio, falta de ar, dificuldade ao respirar, fadiga e sudorese. "O tratamento é realizado com antibióticos. E geralmente a melhora dos sintomas se dá a partir do terceiro dia de tratamento", diz a médica.

É preciso ficar atento aos sinais. E a hora de procurar o médico é no início dos sintomas, principalmente se eles forem mais agudos ou intensos. "A preocupação com pneumonia deve ser constante pois ela pode ser fatal. E pacientes com doenças crônicas, como  diabetes, pessoas vivendo com HIV, transplantados, renais crônicos e cardiopatas, câncer, podem ter essas doenças mais graves. Às vezes, a bactéria é mais cruel nesses pacientes com uma imunidade mais comprometida", diz Marli Lopes. 

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