BBB 23: "Não ataquei ninguém como pessoa", diz Cristian

Empresário - eliminado no programa de terça (21) - destaca que encontrou bons conselhos e companhia em Cezar, Amanda, Aline Wirley e Antonio "Cara de Sapato" Jr, a quem elege como aliados ideais

Cristian foi eliminado do

Cristian foi eliminado do "BBB 23" na noite de terça (21), com 48,32% dos votos. Crédito: João Cotta/Rede Globo

Como todos os outros participantes, Cristian começou o "Big Brother Brasil 23" jogando em dupla. Mas, durante boa parte de sua permanência na disputa pelo primeiro lugar, esteve sozinho em campo.

Sem se identificar com o grupo formado em seu quarto, arriscou uma jogada perigosa, aproximando-se de Paula e Bruna Griphao, de quartos rivais, e terminou sendo repelido tanto por adversários quanto por aliados. Com 48,32% dos votos, foi eliminado pelo público no último paredão, na terça (21), mas, como conta, deixou o confinamento tranquilo com a trajetória que percorreu.

O empresário destaca que, ainda dentro da casa, encontrou bons conselhos e companhia em Cezar, Amanda, Aline Wirley e Antonio "Cara de Sapato" Jr, a quem elege como aliados ideais em um possível terceiro time no jogo. "Estava tranquilo, em paz comigo, porque eu sei o que fiz, como fiz e por que fiz em relação ao jogo. Não fui uma pessoa má com ninguém, no jogo só errei em relação ao grupo, em dar as mãos e falar em mais um voto de confiança. Não ataquei ninguém como pessoa e, sim, o jogo das pessoas", diz.

No papo a seguir, Cristian também avalia a postura de alguns de seus aliados, conta por quem está torcendo e revela seus planos para o futuro.

Jogar o BBB foi mais fácil ou mais difícil do que imaginava?

Com certeza foi muito mais difícil do que imaginava. De casa, quando a gente assiste ao BBB, se pergunta: "por que ele não fez isso?", "por que não fez aquilo?". Mas, quando estamos lá, vemos ser um turbilhão de emoção. Ficamos sempre trabalhando entre razão e emoção. A gente fica o dia inteiro falando com pessoas, porque é o que a gente tem lá dentro. Não temos informação nenhuma, temos as pessoas, então estamos sempre colocando à prova o que todos estão falando, se perguntando se é verdade ou não é, se está jogando ou se não está, se está falando pela emoção ou pela razão, buscando informação... É uma coisa complicada de lidar. Cada dia é um dia diferente, por isso a gente diz que passa um dia e parece que passou um mês lá dentro.

Depois de virar o alvo de boa parte dos brothers, você imaginou que cairia no paredão. Tinha alguma esperança de permanecer na disputa e se safar nessa berlinda?

Foi o que até falei: na casa, estava tranquilo, em paz comigo, porque sei o que fiz, como fiz e por que fiz em relação ao jogo. Não fui uma pessoa má com ninguém, no jogo só errei em relação ao grupo, em dar as mãos e falar em mais um voto de confiança. Mas, quando vi o Fred Nicácio me atacando por trás, querendo votar em mim, acabei votando nele. Acho que foi isso que dispersou os grupos na casa e deu aquela confusão toda. Mas, acho que joguei certo, joguei bem, até porque se tem alguém te atacando, você vai querer atacar de volta. E essa foi a forma que encontrei dentro do jogo. Não ataquei ninguém como pessoa e, sim, o jogo das pessoas.

Em determinado momento, sua aproximação à Bruna e à Paula começou a gerar desconfianças no seu próprio grupo, e você mesmo afirmou que já não se identificava com algumas pessoas do quarto. Chegou a pensar em mudar de grupo em algum momento?

Não. E eu nunca citei que queria trocar de quarto. No jogo da discórdia, o pessoal até comentou que ninguém iria me aceitar no outro quarto, e falei: "Mas não quero mudar de quarto nem de grupo!". Não queria entrar para o grupo deles. Várias vezes citei criar um terceiro grupo ou dar uma cartada e as pessoas que queria que fossem minhas aliadas darem a cartada junto. Acho que essa foi a maior estratégia do meu jogo: não jogar mais com quem foi acomodado em relação ao quarto e, sim, com os meus aliados, a qual foram as pessoas com quem tinha mais troca, como a Paula, a Bruna, o Sapato [Antonio “Cara de Sapato” Jr.]...

Fora do programa, Cristian revelou que pretende passar um tempo com a família

Fora do programa, Cristian revelou que pretende passar um tempo com a família. Crédito: João Cotta/Rede Globo

Qual era sua intenção ao se aproximar da Bruna Griphao e da Paula?

A aproximação veio de uma forma muito natural. A gente começou a conversar, mas a linha é muito tênue entre a relação de jogo e de conversa, de afinidade, com as pessoas ali dentro. E com a Paula a gente começou a ter uma troca maior sobre jogo; acho que isso foi muito nítido. Desconfiei que, se estava levando o jogo para o meu grupo, ela estava levando para o dela. Então a gente meio que ficou nessa desconfiança que até levei ao meu grupo perguntando: "Gente, o que eu faço?". A Bruna foi uma pessoa de quem me aproximei e realmente não queria trocar de jogo com ela, tanto que, às vezes, a Paula me olhava, dizia que a gente precisava conversar, e a Bruna perguntava: "Vocês querem que eu vá para lá?". Para que a gente não envolvesse mesmo ela na situação. Então, acho que a relação com elas foi mesmo muito natural, de ir conversando. Não me aproximei só para pegar informação, como dizem. Foi uma questão de afinidade, e por isso falei que queria formar um grupo com essas pessoas, porque se tornariam mais meus aliados do que meu próprio grupo, criado porque estávamos colados e dormindo no mesmo quarto.

Depois de toda a confusão, você acabou retomando a amizade com a Key Alves e o Gustavo. O que havia em comum entre vocês?

Eu e o Gustavo não ficamos muito amigos, de início. Ele até achou que seríamos opostos. Na primeira semana, creio que eles votariam em mim porque a gente estava meio desconexo em relação à nossa amizade. Mas fomos trocando mais, conversando mais, e foi ficando uma relação um pouco melhor. Depois, quando veio toda a situação do grupo, eles tiraram o corpo fora, começaram a me julgar, a votar em mim. E eu falei para o Gustavo: "Cara, mas a gente sempre teve uma relação muito boa". E fui deixando, nos desculpamos, ele falou que não iria me deixar sozinho e isso foi nos reaproximando. Mas, quando comecei a ver aqui fora como ele falava as coisas para mim e como falava para o outro lado também foi um baque muito grande. A relação dele com o Fred "Desimpedidos" foi complicada, porque ele era meu alvo e também votava em mim; me deixou com um pé atrás. Mas, também não sabia o que estava acontecendo, de repente era só amizade mesmo, não sabia se ele estava falando de jogo ou não... É aquela linha tênue, que eu já comentei.

Os dois votaram em você no último paredão mesmo assim. Você gostaria que eles tivessem tido outra atitude ou concorda com a decisão?

Logo depois que votaram em mim, eles falaram que foi porque o Guimê tinha sido imunizado. Teve também um outro episódio da Prova do Çíder, que quando a Marvvila chegou e contou para eles que tinha me tirado, eu vi a Key comemorando e o Gustavo "dando parabéns para ela pela prova". Ali começou um pouquinho de desconfiança. Faltou expor um pouco mais o pessoal ali... Com certeza, se eles estivessem do meu lado, poderiam ter votado em outra pessoa. Se tivesse como voltar atrás em relação ao meu aliado, com certeza não seria o Gustavo.

Para além da relação de jogo, que amigos do ‘BBB 23’ pretende trazer para a sua vida aqui fora?

O Black foi sensacional e a gente trocou muito. Por mais que ele tenha os defeitos dele, quero trazer para a vida. A Amanda também. Ela é muito sincera, muito engraçada; a gente se olhava, fazia dancinha, dava risada. São as duas pessoas que mais traria para perto de mim. A Aline também, pelas trocas que a gente teve. Ela falou: "Você pode ter errado no jogo, mas é um menino bom". Essas amizades podem vir a ser bem fortes aqui fora.

E a sua torcida é por quem?

Eu fico bem dividido entre o Black e a Amanda. Mas vou torcer pelo Black, que é um cara guerreiro e sempre esteve do meu lado.

Quais são seus planos para essa nova fase da sua vida?

Aqui para fora, eu vejo coisas boas. Todo mundo no BBB viu que sou um cara bom; muita gente falou isso, que posso ter errado no jogo, mas sou do bem, sou educado, tive meus momentos ali na cozinha... Acho que fui eu mesmo, um cara tranquilo, respeitoso com todo mundo, com diferenças. De repente pode ter havido más interpretações, mas posso provar que não sou esse cara. Quando as pessoas vão me conhecendo, elas vão vendo que realmente sou do bem e não tinha por que fazer diferente do que eu sou. E, agora, é #opentowork (risos). Gosto muito da minha profissão (empresário), me trouxe muitas alegrias. Quero continuar com ela. Se puder continuar fazendo isso e fazendo outras coisas, vou agregar tudo que der. Por enquanto penso em voltar para a minha cidade, ver pessoas queridas, abraçar a minha família e estar perto dos que realmente torceram por mim e me conhecem há muito tempo. Mais para frente, depende do que acontecer. E se me chamarem para ser comunicador, já que gostaram tanto da minha palhinha com o Ricardo na cobertura da festa, vou estudar para isso! Vai que dá certo? (risos).

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