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Publicado em 13 de agosto de 2022 às 08:00
Boi, frango, coração, medalhão... tem para todos os gostos. Se jogarmos molho e farinha por cima, fica ainda melhor. Fato é que o nosso famoso churrasquinho é uma verdadeira paixão nacional. E não é diferente no Espírito Santo, pois muitos capixabas batem ponto para saborear uma carninha no espeto no fim do dia. >
Basta passar por alguma esquina com aquele cheiro de churrasquinho no ar que fica difícil resistir. A praticidade e o estilo despojado dessa comida de rua brasileira atrai - e sempre atraiu - quem quer matar a fome de forma rápida ou curtir um happy hour, seja sozinho ou com os amigos.>
“Eu adoro churrasquinho. Ainda mais assim, de rua. É muito melhor do que fazer em casa. Parece até que tem outro sabor e ainda é mais dinâmico e descontraído. Sempre que eu posso, paro para comer um”, comenta a doméstica Tatiane de Souza.>
Assim como os sabores, o jeito de servir o churrasquinho no Estado também vem ganhando novas versões. Além do espeto tradicional, existe agora o espetão, com o dobro do tamanho. Com cerca de 50 cm, esse gigante tem a proporção de quase três espetinhos.>
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A empreendedora Neire Viana trabalha há 27 anos com churrasquinhos em Jardim da Penha, e conta por que decidiu abandonar o modelo tradicional para vender apenas espetões. >
Segundo a comerciante, além de ser mais vantajoso economicamente para os clientes, o volume de venda é muito maior que o dos espetinhos. Em uma só noite, com bastante movimento, ela chega a vender cerca de 800 unidades do churrasquinho gigante. >
“Vi uma reportagem dizendo que estava na moda o espetão e pensei em aderir com meu food truck. Meus clientes gostaram e foi um sucesso. Um espetão equivale a cerca de dois espetos e meio do menor e o preço compensa. O custo-benefício ganha fácil no espetão”, explica Neire. >
O professor Geovani Scalzer conta que se exercita toda sexta-feira andando de Camburi até Jardim da Penha. Ao chegar na Praça Regina Frigeri Furno, ponto final da caminhada, ele sempre para no food truck da Neire, o Neire Porções, para se deliciar com um espetão. “Gosto muito, parece uma espada (risos). É bem servido, molinho e ainda faz reposição de proteína”, ressalta. >
Já ouviu falar em jantinha? O termo é popular nas barracas e trucks de churrasco e descreve um prato que contém batata palha, molho, farofa e vinagrete acompanhando o churrasquinho. É possível ainda acrescentar queijo, coração e até pão de alho. >
O Churras Canal, comandado pela família Marques em Jardim da Penha, serve mais de 50 jantinhas em apenas uma noite. No local, o carrinho com a churrasqueira é posicionado na calçada e são colocadas mesas e cadeiras na rua, o que acaba atraindo muita gente na volta do trabalho. O preço médio das jantinhas é R$ 20 e varia de acordo com a carne escolhida. >
João Marques revela que esse estilo de refeição foi inspirado em churrasquinhos de fora do Estado. Ao perceber que seria uma boa trazê-lo para os capixabas, ele e sua família decidiram adotar a jantinha em seu estabelecimento, mas com um toque pessoal - no cardápio do Churras Canal ela é chamada de "prato sorriso".>
“Todo mundo abraçou a ideia e hoje em dia é o nosso prato principal. Chamamos de ‘prato sorriso’ porque quando a pessoa olha, ela abre um sorrisão (risos)”, detalha João.>
Espetão:
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