Publicado em 3 de maio de 2024 às 16:25
Desde o ano 2000, o número de cenas de sexo em filmes hollywoodianos diminuiu 40%. O pesquisador Stephen Follows analisou os 250 filmes de maior bilheteria nos Estados Unidos desde a virada do século a pedido da revista The Economist. Cenas de estupro e violência sexual não foram incluídas no estudo. >
Segundo o levantamento, 20% dos filmes de maior bilheteria em 2000 não apresentavam conteúdo sexual. Hoje em dia, metade dos títulos blockbuster não tem cenas de sexo.>
Há quem enxergue as raízes dessa mudança no #MeToo, movimento de denúncias de casos de abuso e sexual em Hollywood, e à supremacia dos filmes de super-heróis, que são vistos por diferentes faixas etárias. Follow levanta algumas hipóteses para explicar a nova realidade. Ele cita a mudança no gosto das audiências -sobretudo na geração Z, que parece preferir obras sem cenas explícitas-, a superação de estereótipos machistas e a facilidade com que se pode ter acesso a conteúdo adulto na internet hoje em dia.>
O estudo também analisou outros tipos de temas sensíveis ao público mais conservador, como drogas, violência e palavrões. Ao contrário de sexo, essas outras representações não exibiram declínio.>
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Follows classificou as variáveis "sexo e nudez" numa escala que de "nenhum" a "severo". Embora as cenas de sexo sejam proporcionalmente mais raras, elas estão, em geral, mais gráficas. Cenas com nus frontais e ereções, por exemplo, são mais comuns e não causam tanta polêmica hoje em dia quanto no início do século.>
Os filmes de ação e os thrillers foram os gêneros que observaram maiores quedas nas cenas de sexo. Já os filmes românticos, ainda que tenham observado uma leve queda, foram o que menos se distanciaram das cenas de sexo.>
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