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12 filmes para conhecer o cinema capixaba

HZ perguntou e o público do 32º Festival de Cinema de Vitória recomendou 12 filmes capixabas para você conhecer a história do nosso cinema

Publicado em 25 de julho de 2025 às 10:30

A reportagem de HZ perguntou para o público do 32º Festival de Cinema de Vitória seus filmes capixabas favoritos e aqui estão algumas recomendações para você colocar na sua lista

Durante a cobertura do 32º Festival de Cinema de Vitória, a reportagem de HZ foi ao evento com uma missão: descobrir quais filmes capixabas são indispensáveis segundo o público. O resultado foi uma lista diversa, que inclui produções da programação desta edição do festival e também obras que marcaram a história do cinema feito no Espírito Santo.

As indicações refletem um momento de expansão e maturidade do audiovisual capixaba, com mais produções em circulação, participações em festivais por todo o Brasil e uma diversidade de olhares. Confira agora os 12 filmes recomendados pelos entrevistados.

Prédio Vazio (2025)

Dirigido por Rodrigo Aragão, é um terror psicológico rodado em Guarapari. A protagonista Luna (Lorena Corrêa) retorna à cidade após o desaparecimento da mãe e adentra o edifício Magdalena, aparentemente abandonado mas cheio de presenças sinistras. Com estética inspirada no horror japonês e utilização intensiva de efeitos práticos, o filme transforma a vibrante Praia do Morro em um cenário urbano e claustrofóbico. O elenco majoritariamente capixaba e o forte senso de identidade local consolidam a proposta, e a estreia nacional ocorreu na Mostra de Cinema de Tiradentes em 2025.

Os Primeiros Soldados (2022)

Dirigido por Rodrigo de Oliveira, é um drama sensível ambientado em Vitória que recria o início da década de 1980 para narrar a história dos primeiros infectados por HIV na cidade. A trama acompanha Suzano (Johnny Massaro), Rose (Renata Carvalho) e Humberto (Vitor Camilo) — todos capixabas — enfrentando o estigma e a desinformação enquanto constroem uma rede de apoio comunitária. A produção foi baseada em pesquisa real e resgata espaços históricos da cena queer capixaba, como a boate Genet, e recebeu prêmios em festivais nacionais e internacionais.

Margeado (2025)

Margeado (2025) Direção: Diego Zon
Margeado (2025) Direção: Diego Zon Crédito: Reprodução

Margeado, do diretor capixaba Diego Zon, é um drama poético que retrata o impacto da lama tóxica em uma vila pesqueira no Espírito Santo. A história acompanha os deslocamentos forçados de Yara e Dingue após o desastre ambiental, abordando temas como perda, memória e reconstrução. Rodado em cidades capixabas como Linhares, Regência e Guaçuí, o filme tem elenco majoritariamente local e foi exibido pela primeira vez na Mostra de Cinema de Tiradentes.

A Última Sala (2025)

A Última Sala (2025) Direção: Gabriela Busato e Júlio Cesar
A Última Sala (2025) Direção: Gabriela Busato e Júlio Cesar Crédito: Reprodução

Dirigido por Gabriela Busato e Júlio Cesar, é um documentário rodado no centro de Vitória, que resgata a memória dos antigos cinemas de rua do centro da cidade. A narrativa acompanha o Cinerótico, a última sala remanescente, e reflete sua transformação em templo religioso ou espaço abandonado. O filme revisita o auge e a decadência dessas instituições e dialoga com o imaginário queer urbano capixaba.

Os Cravos (2025)

Os Cravos (2025) Direção: Renan Amaral
Os Cravos (2025) Direção: Renan Amaral Crédito: Reprodução

Os Cravos, de Renan Amaral, é um curta do Espírito Santo que explora saúde mental e religiosidade. A trama acompanha Mateus em processo terapêutico com a psicóloga Sandra, revelando memórias e tensões identitárias enquanto questiona práticas institucionais da fé. Filmado em Vitória e na Serra (bairros Ilha de Santa Maria, Mata da Praia e cemitério Jardim da Paz).

Marisqueiras (2025)

Marisqueiras (2025) Direção: Maria Zalem Ramiro
Marisqueiras (2025) Direção: Maria Zalem Ramiro Crédito: Reprodução

Dirigido por Maria Zalem Ramiro, retrata a a vida de trabalhadoras do manguezal de Porto de Santana, em Cariacica.

A Invenção do Orum (2025)

A Invenção do Orum (2025) Direção: Paulo Sena
A Invenção do Orum (2025) Direção: Paulo Sena Crédito: Reprodução

Dirigido por Paulo Sena, é um curta que conecta o Espírito Santo ao universo drag e à produção queer internacional. A obra narra a trajetória de Jéssica, uma drag queen que retorna à sua cidade natal para enfrentar fantasmas do passado e reinventar sua própria história. Selecionado para a mostra competitiva Queens & Kings no RIO LGBTQIA+ 2025, o filme recebeu da protagonista Jéssica Telles o Troféu Unicórnio de Ouro de Melhor Atuação em sua pré-estreia nacional.

O Último Rock (2023)

O Último Rock (2023) Direção: Diego de Jesus
O Último Rock (2023) Direção: Diego de Jesus Crédito: Reprodução

Curta-metragem dirigido por Diego de Jesus, retrata um grupo de jovens capixabas reunidos para um "último rock" antes do início da pandemia. Ambientado em Vitória, o filme aborda o entorpecimento, as incertezas sobre o futuro e a efervescência artística que emerge na juventude negra da região. Realizado de forma colaborativa com elenco local, o curta foi exibido na Mostra de Tiradentes e no Festival de Cinema de Vitória, sendo premiado nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Interpretação.

Sola (2025)

Sola (2025) Direção: Natália Dornelas
Sola (2025) Direção: Natália Dornelas Crédito: Reprodução

Dirigido por Natália Dornelas, é um curta ficcional que deu voz à afetividade das mulheres negras ao romper com a naturalização da solidão. Dirigida por cineasta formada na Ufes, a produção dialoga com reflexões sobre gênero, raça e território. Selecionado para a Conferência Latino‑Americana de Ciências Sociais na Colômbia.

Remendo (2023)

Remendo (2023)  Roger Ghil e Gg Fákọ̀làdé
Remendo (2023) Roger Ghil e Gg Fákọ̀làdé Crédito: Reprodução

Dirigido por Roger Ghil e Gg Fákọ̀làdé exibido na Mostra Foco da Mostra de Cinema de Tiradentes, o curta de Vila Velha,  apresenta os fragmentos do cotidiano de Zé (Elídio Netto), homem negro de meia idade que vive consertando e remendando objetos e eletrodomésticos.

O Panda e o Barão (2025)

O Panda e o Barão (2025) Direção: Melina Galante
O Panda e o Barão (2025) Direção: Melina Galante Crédito: Reprodução

Dirigido por Melina Galante, integra a 29ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas do Festival de Cinema de Vitória — uma vitrine que valoriza produções brasileiras com presença capixaba.

A Profundidade da Areia (2019)

A Profundidade da Areia (2019) Direção: Hugo Reis
A Profundidade da Areia (2019) Direção: Hugo Reis Crédito: Reprodução

Dirigido por Hugo Reis, é um curta contemplativo gravado em Vitória, que usa uma jornada poética pela areia como metáfora para memórias fragmentadas. Com elenco local, o filme explora o deslocamento temporal e existencial dos personagens, conquistando o prêmio de Melhor Filme na Mostra Corsária do Festival de Cinema de Vitória e participações em festivais nacionais.

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