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Publicado em 30 de outubro de 2021 às 08:00
Fãs capixabas do gênero musical K-pop estão voltando a promover encontros para dar 'vida' à cultura asiática através da música, dança e estilo. Antes da pandemia, os chamados 'covers' de Música Pop Coreana se juntavam rotineiramente em diversas cidades do Espírito Santo, promovendo ensaios e até eventos.>
Bandas como BTS, Black Pink, Red Velvet e Mamamoo são algumas das mais queridas pelos covers. De acordo com a fundadora do grupo Fantasy, Catharina Nobre, os encontros estão voltando, mas é uma retomada devagar, com um número contido de pessoas. >
"Sentimos muita falta esse tempo em que ficamos longe uns dos dos outros. Agora que a maioria do Fantasy já tomou a primeira dose, estamos retomando com os ensaios presenciais. Pretendemos continuar fazendo os covers, mesmo que seja com as máscaras nos rostos", contou a líder do grupo Fantasy, criado em 2016.>
Do inglês, a palavra ‘cover’ significa caracterização de um artista, cantor ou banda. Essa representação envolve diversos aspectos, como figurino, cabelo, maquiagem, expressão, dublagem e coreografia. >
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“As danças dos clipes de K-pop são muito fortes, geralmente criadas pelos próprios artistas. Nós gostamos muito de acompanhar isso, foi o que fez com que surgissem os covers. Ou seja, o intuito é aprender a coreografia”, destacou Catharina. >
Na Grande Vitória, os encontros geralmente acontecem uma vez por semana na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no Parque da Pedra da Cebola e em academias. A integrante Katheleen da Silva, do grupo o Cosmic Dance Group, fundado em dezembro de 2017, contou que, para fazer parte das reuniões e ensaios, não basta apenas chegar. >
“Para se tornar um membro é necessário fazer uma audição e mandar um vídeo dançando. A partir daí, ele passa por uma avaliação e, em seguida, é chamado para a etapa presencial”, revelou Katheleen.>
Por conta dos protocolos de saúde, os encontros presenciais foram substituídos pelos virtuais em 2020 e parte de 2021. Mesmo assim, os K-popers (como são chamados) deram um jeito de continuar na ativa para manter as redes sociais vivas não abalar o engajamento, uma vez que precisam dessa interação online.>
“Eventualmente, nós bolamos os covers à distância. Dividimos a coreografia em partes para os integrantes praticarem em casa, cada um tem a responsabilidade de ensaiar individualmente. Depois juntamos as danças na edição, em um único vídeo”, afirmou Catharina.>
Muitas vezes, essas danças não são meramente um hobby ou diversão. No mundo dos fãs de k-pop, existem diversos eventos que premiam as melhores performances de covers. No Espírito Santo, esses grandes festivais chegam a 900 pessoas, no caso dos gratuitos. Em Vitória, o último foi em 2019, o Yunikonland / Shake It, no Parque Pedra da Cebola.>
“O evento possui duas modalidades: solo e grupo. Ambas oferecem prêmios, que vão desde troféus e certificados até um valor significativo em dinheiro. Já demos prêmio de R$500,00 para o primeiro lugar”, disse a líder e fundadora do grupo Yunikon, Rafaela Michalsky.>
Segundo Rafaela, existe uma possibilidade de que em dezembro deste ano haja o primeiro retorno dos eventos. Porém, a organização do Yunikon assegurou que, caso ocorra, será em local aberto e seguindo as medidas de saúde.>
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