Publicado em 3 de setembro de 2022 às 10:25
Banda cujo nome se confunde com o do próprio Rock in Rio, o Iron Maiden retornou ao festival na noite desta sexta-feira (2), para o principal show do primeiro dia do evento deste ano. A apresentação começou morna, teve problemas técnicos de som baixo, mas decolou na parte final.>
A expectativa para o show era quase palpável desde cedo no Parque Olímpico, já que as camisetas da banda - tão famosas que são usadas até por quem não gosta do grupo - foram febre no dia do metal do Rock in Rio. Foi um indicativo do apelo do sexteto britânico, que esteve no palco principal do festival em sua primeira e última edição, em 1985 e 2019, respectivamente, além das edições de 2001 e 2013.>
A apresentação deste ano, aliás, é da mesma turnê que a de 2019, "Legacy of the Beast", mas agora o setlist foi incrementado com canções de "Senjutsu", álbum que o grupo lançou no ano passado.>
As três primeiras músicas tocadas foram do disco recente, "Senjutsu", "Stratego" e "The Writing on the Wall". Foi o momento mais melancólico do show, com um som tão baixo que quem estava mais distante do palco mal conseguia ouvir.>
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A plateia puxou gritos de "aumenta o som" e até vaiou o volume baixo, algo imperceptível para a banda no palco. As reclamações continuaram em "Revelations", "Blood Brothers", "Sign of the Cross" e "Flight of Icarus", quando o som ficou um pouco mais alto.>
Em "Fear of the Dark", clássico da banda dos anos 1990, os gritos do público já eram mais altos do que o som do palco. O vocalista Bruce Dickinson cantou a música segurando uma luz verde, e o público acompanhava com as vozes os fraseados na guitarra, como é tradição nos shows do Iron Maiden.>
A plateia já estava ganha quando a banda puxou "Hallowed Be Thy Name" e "The Number of the Beast", hits que posicionaram o Iron Maiden como um dos maiores nomes da história do rock. Em "Iron Maiden", a mascote monstrenga do grupo, Eddie, surgiu gigante ao fundo do palco com seu rosto de caveira.>
Em "The Trooper", Eddie retornou andando pelo palco em meios aos músicos, Steve Harris, no baixo, Dave Murray, na guitarra, Adrian Smith, também na guitarra, Nicko McBrain, na bateria, e Janick Gers, na guitarra, além de Dickinson, vestido com uma roupa que estampava a bandeira do Reino Unido. Depois, o vocalista levantou uma bandeira do Brasil.>
Sempre saudado por gritos do público entre as performances, o Iron Maiden tocou ainda "The Clansman" e "Run to the Hills" antes de o público trocar tímidas manifestações políticas.>
Parte da plateia xingou o presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal, mas houve quem também vaiasse o coro com gritos de "mito". As manifestações não chegaram a ter grandes proporções, mas foram suficientes para que ao show destoasse das outras apresentações, que tiveram manifestações amplamente contrárias ao presidente da República.>
O Iron Maiden ainda retornou ao palco para encerrar com "Aces High". A última música, aliás, foi tocada com a banda embaixo da réplica de um avião da Segunda Guerra, assim como no show de 2019 no Rock in Rio.>
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