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Publicado em 20 de maio de 2025 às 12:05
A exposição “Realidade Expansiva” promove visitas mediadas ao acervo do Parque Cultural Reserva Vitória nos próximos dias, com entrada gratuita. A experiência convida o público a mergulhar na arte contemporânea em diálogo com a paisagem, com destaque para as novas obras dos jovens artistas Elvys Chaves e Carlo Schiavini, que agora integram o acervo permanente ao lado de nomes consagrados da arte brasileira.>
Com criações que dialogam entre tecnologia, paisagem e espaço público, Elvys Chaves, nascido em Cariacica, e Carlo Schiavini, natural de Cachoeiro de Itapemirim, chegaram juntos à exposição por meio de uma parceria com a galeria Matias Brotas Arte Contemporânea, responsável pela curadoria do parque. >
"O parque é pensado justamente para expor trabalhos de arte pública, o que dialoga muito com a proposta da exposição que nós tínhamos, então decidimos que ele seria o local ideal", explicam Elvys Chaves. >
A trajetória de ambos começou nas ruas, com intervenções urbanas feitas em grafite e experimentações com serigrafia e realidade aumentada. “A gente se encontra, a princípio, como uma parceria para trabalhar, fazer grafites pela rua. A gente tinha uma 'crew' chamada Made in China”, conta Elvys. Com o tempo, a parceria evoluiu para a fundação do ateliê Um Quarto Escuro, onde desenvolvem projetos que unem arte, tecnologia e interação digital.>
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Carlo complementa: “A gente começou nossa trajetória com grafite, que já é uma forma de intervir no espaço público. Isso fortaleceu muito nossa ideia de trazer essas obras para lugares de circulação, para que mais pessoas possam ter contato com arte”.>
Elvys destaca a motivação social por trás da escolha do espaço público como suporte para a arte: “Cariacica não tem galeria, não tem museu. Então a gente quer se comunicar com esse público, um público que não tem acesso. Muitas vezes a pessoa não saiu para visitar uma exposição, mas encontra a obra na pausa do almoço ou numa caminhada".>
As obras apresentadas no parque materializam essa proposta. Mineral Data, de Elvys, transforma dados digitais em estruturas físicas. Já Node Horizon, de Carlo, questiona nossas formas de comunicação no ambiente digital. Ambas desafiam a percepção tradicional do que é arte pública e introduzem uma estética que remete ao universo virtual, inserida no espaço físico da cidade.>
“As interações digitais foram criadas por artistas convidados, o Ataci e a Priscila Nassar. Nosso trabalho tenta trazer uma estética do digital para o local físico. Parece que pegaram uma coisa modelada digitalmente e colocaram ali. A gente gosta dessa provocação, desse não natural, e achamos importante trazer essa diversidade para o parque”, afirma Elvys.>
Para Carlo, o convite para integrar o acervo fixo do parque representa um marco simbólico: “É uma validação da nossa pesquisa, da narrativa que a gente tenta criar. O parque já tem uma curadoria muito concisa e está num dos pontos turísticos principais da capital. Desde o início, a gente viu potência em transferir as obras para espaços de livre acesso.”>
Nos dias 22 e 23 de maio, das 15h às 18h, o público poderá participar das visitas mediadas da exposição Realidade Expansiva, com presença dos artistas e da equipe pedagógica do projeto. >
Durante a mediação, será distribuído um material educativo com reflexões de Maria Galacha, coordenadora pedagógica, ampliando as possibilidades de leitura das obras. A entrada é gratuita.>
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