"A experiência do cinema precisa ser popular", afirma diretora do Festival de Vitória

Larissa Caus Delbone conversou com "HZ" e falou sobre a principal mostra audiovisual capixaba, que acontece até sábado (24), no Centro Cultural Sesc Glória e Cine Metrópolis

Uma das mais populares mostras audiovisuais do país, o Festival de Cinema de Vitória acontece até sábado (24), com atividades culturais, oficinas de formação e exibição de 85 filmes (divididos entre o Cine Metrópolis e o Sesc Glória), com entrada franca. Confira a programação completa nesta matéria especial.

Convidada da semana do "HZ Entrevista", Larissa Caus Delbone, diretora executiva do FCV, saldou os 29 anos do projeto, enfatizando seu caráter sociocultural, visto que a maior parcela do público frequentador é composta por famílias de várias regiões da Grande Vitória e de todas as faixas sociais, incluindo moradores de áreas periféricas.

"São quase três décadas de um projeto que possuiu grande responsabilidade social. A gente precisa que pessoas discutam cultura brasileira, visto que sua fruição virou artigo de primeira necessidade. E essa discussão não pode ser delimitada pela condição econômica de cada um", apontou.

Afirmando que o cinema precisa ser diverso e contemplar toda fatia de público, Larissa entoou um tom de resistência, especialmente para organizar o evento em um país que vem sofrendo cortes de verbas federais para o setor cultural.

"O governo federal deveria entender a cultura como um equipamento de mercado. A indústria cultural no Brasil agrega financeiramente ao país tanto quanto a farmacêutica, por exemplo. Criminalizar um segmento econômico não é uma das melhores opções", enfatiza, dizendo que investir em cultura também é uma responsabilidade do setor público.   

Larissa Caus Delbone fala sobre o Festival de Cinema de Vitória

Larissa Caus Delbone fala sobre o Festival de Cinema de Vitória. Crédito: HZ

Larissa Caus ainda comentou sobre o TendaLab, que acontece na Prainha, em Vila Velha, simultaneamente ao Festival de Cinema de Vitória, com entrada franca, trazendo shows de nomes como Erasmo Carlos, Silvero Pereira e Johnny Hooker.

"Acredito que a música dialoga com o cinema e Vila Velha recebeu o projeto de braços abertos. O público é ansioso por música e teremos shows pautados pela diversidade. Precisamos nos encontrar, principalmente como resistência cultural, sempre valorizando a cultura capixaba", complementa.  

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