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Publicado em 31 de agosto de 2025 às 16:00
Sentir-se carente é algo que acontece com todos os seres humanos. A carência afetiva pode ser mais ou menos intensa, pode durar um período curto ou longo e algumas pessoas vivem no estado de carência uma vida inteira.>
O que ocorre na maior parte das vezes é que não fomos treinados para suprir nossas carências, ao menos temporariamente.>
Imaginamos que esse suprimento afetivo só possa ocorrer se estivermos com um parceiro ou parceira. Não é à toa que existe muita gente que “não consegue ficar sozinha”.>
Temos várias fontes de afeto que não reconhecemos como tal, porque nossa cultura praticamente exige que estejamos namorando ou casados, como se isso fosse garantia de plenitude afetiva. Não é!>
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E por causa dessa crença ficamos menos seletivos, acabamos por entrar às cegas em relacionamentos que se transformam em sofrimento e problema assim que termina a fase do encantamento, da sedução.>
Nos vemos envolvidos com pessoas difíceis, ciumentas demais, exploradoras, insensíveis, desrespeitosas, com uma personalidade muito distante daquilo que pretendíamos ter ao nosso lado.>
E por medo da solidão, na ilusão de que estar com alguém estaremos a salvo da carência, não nos damos conta de que continuamos esvaziados de afeto, mendigando amor e atenção.>
Quando você se sentir carente, volte seu olhar para os outros setores de sua vida e perceba o quanto está perdendo em qualidade de vida afetiva quando acredita que só pode ser suprida ao estar mergulhada num relacionamento a dois. Preste atenção em:>
Sua família – seus pais, por mais que vocês tenham problemas de convivência, demonstram o amor das mais variadas formas. Fazendo aquela comida gostosa, cuidando da organização e sustento da casa, se interessando por seu bem-estar.>
Abra seu coração para esse carinho silencioso, saiba receber e retribuir. Reconheça o afeto contido nas pequenas atitudes.>
Seus filhos – pequenos ainda, ou adolescentes e mesmo já adultos, demonstram seu carinho com uma brincadeira, dividindo um segredo, partilhando uma alegria, demonstrando confiança.>
Seus amigos – o convite para uma festa e a declaração de amizade. O ombro oferecido sem outro interesse a não ser amparar você ou então a busca de seu ombro confiando problemas.>
Seus colegas de trabalho ou de colégio/faculdade – a ajuda numa matéria ou a orientação sobre as diretrizes da empresa. O convite para o almoço ou para a balada demonstrando que sua presença é querida…>
Se você aprende a reconhecer nos pequenos gestos uma atitude afetiva, você passa a se sentir muito mais suprido e feliz. Mas tão importante quanto se sentir nutrido por colegas, amigos, familiares e filhos, é aprender a nutrir a si mesmo.>
Valorize suas qualidades e aprenda a reconhecer as coisas legais que você faz, a pessoa bacana que você é!>
Aprenda a dar a você mesmo pequenos presentes, desde uma xícara gostosa de café até uma merecida viagem de férias. Mas faça isso com consciência, sem ligar o “piloto automático”.>
Enquanto estiver preparando seu café, curta esse momento. Perceba que você pode se afagar quando curte o prazer de deitar em lençóis cheirosos ou quando prepara a pipoca para assistir àquele filme que queria tanto ver.>
Os pares que escolhemos para compartilhar a vida estarão muito mais próximos de nos satisfazer afetivamente quando somos movidos pelo desejo de estarmos acompanhados, ao invés de estarmos movidos pela necessidade de suprir nossas carências.>
Quando estamos em paz por sabermos que somos capazes de nos suprir de diversas formas, estamos também mais alertas. Assim, conseguimos detectar melhor se a pessoa com quem estamos nos envolvendo tem as qualidades que desejamos e merecemos.>
É muito importante estar “antenado” em você mesmo e reconhecer o tanto de afeto que o cerca. >
E antes de sair desenfreadamente buscando do lado de fora preencher os vazios do seu coração, faça antes por você mesmo o que gostaria que alguém fizesse. Ou seja, cuide de você. Ame-se!>
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