Curso de Residência em Jornalismo / residencia@redegazeta.com.br
Publicado em 8 de novembro de 2022 às 16:00
Durante os meses de distanciamento social por causa da pandemia, a casa se transformou no centro da rotina das pessoas e, literalmente de um dia para o outro, de um mero dormitório, o lar passou a abrigar também os momentos de trabalho, de estudo e de lazer.
Embora tenha ocorrido um abrandamento da situação de emergência de saúde pública, algumas pessoas tiveram a oportunidade de continuar em casa, tocando o regime remoto ou híbrido de trabalho, de forma permanente. Ainda assim, a tendência de olhar para dentro das paredes e questionar o espaço, a luz natural, a privacidade e a proximidade com a natureza continua na hora de escolher um lugar para morar.
Para o corretor Fábio Chiabai, a pandemia potencializou o sentimento das pessoas sobre a necessidade de morar em lugares com mais espaços de contato com a natureza. “As pessoas começaram a dar mais valor ao conforto na parte de dentro de suas casas. Algo que, às vezes, passava despercebido, agora é notado com muita atenção. Quem morava em um apartamento menor também sentiu a necessidade de ir para um apartamento maior, onde o condomínio oferece uma infraestrutura maior de lazer, por exemplo", analisa.
Entre as saídas encontradas pelo mercado imobiliário está a construção de rooftops. Essas áreas permitem que os moradores e seus convidados se divirtam, tendo como cenário uma vista privilegiada da cidade. É uma tendência mundial para espaços de convivência com vistas panorâmicas das cidades e que também andam ganhando força na Grande Vitória.
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES), Eduardo Fontes, frisa que os imóveis que possuem como atributo uma vista privilegiada exigem um investimento maior. “Hoje em dia temos certas limitações, dado que não se encontra mais tantos empreendimentos com vista para praia, parques e montanhas. Por isso, o valor cobrado está sendo maior”, destaca.
No mesmo sentido, para a diretora da Kemp Engenharia, Rubia Zanelato, a localização, a posição em relação ao vento, a iluminação e a paisagem são referências na hora de escolher um imóvel atualmente: “As pessoas querem acordar e poder apreciar a vista para o mar, admirar a natureza, o que influencia diretamente na qualidade de vida delas. Alivia a ansiedade e melhora até o humor. Representa ter em casa o seu próprio espaço para se desconectar dos problemas", pontua.
"Além de tudo isso, um apartamento com varanda e vista para o mar, por exemplo, possibilita uma melhor entrada de luz natural e garante boa ventilação, o que proporciona economia de energia e deixa o ambiente mais arejado e bonito. Por isso, os imóveis com vistas privilegiadas estão cada vez mais valorizados”, explica ainda.
Assim como Rubia, a diretora da CG Engenharia, Flávia Gimenes, acredita que “um apartamento com vista para o mar, por exemplo, não traz apenas benefícios para os olhos, mas para a vida como um todo”. Para ela, a vista privilegiada abre outras possibilidades de estilo de vida perto de casa, tais como a prática de exercícios e esportes e atividades de lazer em família.
Já a head de Marketing da Argo e especialista em mercado imobiliário, Lynette Feu, aponta outros benefícios de morar em um imóvel com uma vista desimpedida, como: qualidade de vida por causa da proximidade com a natureza, opções diversificadas de lazer e valorização imobiliária. “De forma geral, são empreendimentos que costumam também explorar recursos modernos e inovadores, além de estarem em localizações mais privilegiadas e nobres”, acrescenta ainda.
O engenheiro e diretor de negócios da FHS Construtora e Incorporadora, Leandro Cunha, enxerga que os compradores estão mais preocupados com a qualidade de vida: “Os clientes sempre preferem, até mesmo dentro de um mesmo empreendimento, unidades com vistas mais livres e privilegiadas e elas são sempre vendidas primeiro. Isso muda até mesmo o preço de uma unidade para a outra em um mesmo empreendimento”, acrescenta.
Leandro Cunha
Diretor de negócios da FHS Construtora e IncorporadoraA diretora da MZI, Rachel Menezes Gava, ressalta, no entanto, que poucas pessoas têm oportunidade de ter apartamentos de frente para o mar, por exemplo, mas ela dá outras soluções: “Uma opção é apostar em áreas de abertura, como estar em uma rua arborizada e com praças, que trazem uma sensação boa de profundidade do que um edifício colado no outro”, sugere.
Eduarda Moro é aluna do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta e foi supervisionada pela editora adjunta do Estúdio Gazeta Karine Nobre.
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