"Não dá para chamar de acidente", diz leitor sobre morte de professor

Mauro Celso Azevedo Guimarães, 44 anos, foi atingido por uma bobina de aço que despencou de uma carreta em São Torquato, Vila Velha.  Leitores manifestaram indignação e prestaram solidariedade à família

Publicado em 10/10/2019 às 11h04
Professor Mauro, que morreu após ser atingido por bobina em Vila Velha. Crédito: Redes sociais
Professor Mauro, que morreu após ser atingido por bobina em Vila Velha. Crédito: Redes sociais

A morte de um professor de História, atingido por uma bobina de aço que despencou de uma carreta em São Torquato, Vila Velha, na última quarta-feira (9), causou comoção em todo o Estado. Mauro Celso Azevedo Guimarães, 44 anos, tinha acabado de dar aulas em uma escola de Cariacica e seguia de moto para sua casa, em Vila Velha, onde pretendia almoçar e, em seguida, dar aula em um colégio no mesmo município.

De acordo com os peritos da Polícia Civil que foram ao local do acidente, das oito bobinas que estavam na carreta, cinco estavam soltas e três estavam amarradas de forma irregular.

Centenas de leitores de A Gazeta manifestaram indignação com o ocorrido e prestaram solidariedade à família em nossas redes sociais. Confira alguns comentários:

Até quando acidentes vão acontecer por irresponsabilidade, excesso de peso, falta de manutenção de veículos, falta de fiscalização e imprudência de motoristas? Mais um para as estatísticas. Muito triste, meus pêsames à família. (Valeria Vitali)

Isso é um absurdo! Caminhões carregando cargas pesadas sem nenhuma segurança. Aí quem sofre é uma pessoa que está tranquila, que é atingida por falta de responsabilidade dos outros. Agora a família sobre a perda de uma pessoa querida. (Barbara Jéssica)

Como professora, sinto uma tristeza tão grande de nunca sermos dispensados para irmos em um momento tão difícil para a educação, quando perdemos um colega. Só nós sabemos o que é ter que se deslocar de um município para outro se quisermos ter uma renda mais ou menos. (Marlene Silva Araujo)

Na minha profissão, a avaliação do equipamento de segurança sempre foi minha. Se ele não atendesse a minha segurança, eu não usaria nem ofereceria a outras pessoas. Isso se chama segurança ampla com qualidade a terceiros também. Os motoristas não estão sozinhos nas vias, precisam administrar pensar em outras vidas. (Jonas Rodrigues Pereira)

A empresa que carregou essa carreta não deixa o motorista nem subir na carreta para amarrar. Eles mesmos fazem amarração, aí fazem de qualquer maneira. Agora quero ver o técnico de segurança se responsabilizar. (Lucas Rivieri Mariani)

Lamentável! Mais uma vida ceifada por acidente de trânsito e, ao mesmo tempo, também acidente de trajeto. Estava indo de um trabalho para o outro. Professor batalhador e tão pouco valorizado. Tenho em minha família muitos professores, sei da luta. Que Deus tenha em seu reino esta ovelha e também conforte os familiares e amigos. (Máximo Santana)

Como no acidente do caminhão de chapas de granito, que atingiu o ônibus da Águia Branca e matou várias pessoas. Como no acidente em que a pedra de granito caiu sobre um carro, matando uma família inteira. Sabe em que vai dar isso tudo? Em nada. Não podemos crucificar toda a categoria, mas em todos esses acidentes vemos que o erro foi humano. Infelizmente no Brasil não temos fiscalização suficiente para coibir tamanha irresponsabilidade. (Francisco Mello)

As vítimas perdem suas vidas e as famílias sofrem e sofrem. Nada acontece com os culpados. Lastimáveis as leis do nosso Brasil. (Néia Marigo)

É assim a vida do professor, tendo que trabalhar em vários horários para poder conseguir manter a família. A maioria tem como meio de transporte a moto, que é mais fácil e rápido para se locomover de uma escola para outra. Aí encontra uma irresponsabilidade por falta de fiscalização e perde a vida desse jeito. Uma pena. (Izis Gonçalves)

Bobina amarrada com plástico? Vão mesmo chamar essa irresponsabilidade de acidente? Custou uma vida, gente! (Silvani Pani Schrioder)

Não dá pra chamar isso de acidente, não. Quando amarraram uma bobina com plástico, sabiam que poderiam matar alguém. (Felipe Pretti)

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