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Após semanas 'cheias' para treinar, Corinthians segue sem melhorar

Após semanas 'cheias' para treinar, Corinthians segue sem melhorar

Timão de Dyego Coelho teve duas semanas completas para treinar antes dos últimos dois jogos pelo Brasileiro, porém o resultado desse período não pôde ser visto dentro de campo...

Publicado em 1 de outubro de 2020 às 08:00- Atualizado há 4 anos

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(Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

Não está fácil de o Corinthians superar esta má fase pela qual está passando. O mais novo capítulo dessa situação foi o empate em 0 a 0 com o Atlético-GO, dentro de casa. E apesar de o resultado ter parecido ruim, o ponto conquistado precisa ser valorizado, já que pelo que mostrou em campo, o Timão mereceria sair de campo derrotado pelo adversário, que dominou quase toda a partida. Tudo isso após duas semanas completas para treinamentos antes dos duelos.Em meio a esse calendário apertado e a maratona que a pandemia de coronavírus impôs a essa temporada, ter uma folga de uma semana entre os jogos é um oásis, privilégio de poucos times entre os grandes da Série A. Entre eles está o Corinthians, que teve essa oportunidade antes de enfrentar o Sport e o Atlético-GO, justamente em um momento que o interino Dyego Coelho precisava de tempo para modificar alguns pontos no time titular.

No entanto, parece que o Timão não aproveitou esse privilégio e quando falamos de Timão, estão inseridas as participações do elenco e da comissão técnica, que pouco resultado mostraram nos últimos dois jogos. Aliás, em alguns pontos parece até que o time sofreu um retrocesso em relação ao duelo com o Bahia, que havia fornecido um pouco de esperança ao torcedor.O que se viu em campo diante do Atlético-GO foi uma equipe com enorme dificuldade para construir jogadas ofensivas e com um pouco menos de dificuldade para se sustentar defensivamente. Chegou a impressionar a facilidade com que os goianos tiveram espaço para trabalhar a bola no campo de ataque. Sorte do Corinthians que os atacantes adversários não estavam inspirados e acabaram parando no travessão, em Cássio e em Danilo Avelar.

Aparentemente, o único recurso era tentar jogar a bola para Jô fazer o pivô e segurar a posse no campo ofensivo, porque nem mesmo conseguir uma falta para Otero bater foi possível. O venezuelano, inclusive, participou muito pouco da dinâmica da partida. Isso é muito pouco para um time jogando em casa. Há a necessidade de ponderar a falta que o suspenso Fagner fez, especialmente na construção do jogo, pois Michel Macedo não tem o mesmo potencial.

No meio-campo, Roni e Cantillo têm características mais ofensivas do que de marcação e ficou nítido a falta de "pegada" no meio-campo. Chico, o melhor da partida, fez o que quis no setor para ditar o ataque do Dragão. A entrada de Ramiro no lugar de Roni, amarelado, reforçou essa deficiência e a atuação alvinegra melhorou, embora o adversário continuasse superior no geral.

Para ser justo, a segunda etapa do Timão teve evolução em relação ao primeiro tempo. Em duas jogadas: uma de aproximação e chegada na lateral, e outra de contra-ataque bem tramado, foi possível deixar Jô e Otero em condições claras de gol, porém foram impedidos por defesas do goleiro Jean. No entanto, volto a dizer, é muito pouco para uma equipe que teve tanto tempo para treinar.

- As mudanças que a gente procurou fazer a gente faz e vai continuar fazendo nos treinos, principalmente quando tem essa semana aberta, ela requer tempo, não é do dia para a noite que a gente vai conseguir implantar uma nova situação. A semana foi realmente boa, os jogadores com comportamento diferente, estão lutando, brigando, fazendo o que foi programado para eles, estão fazendo da melhor maneira e com profissionalismo muito grande e a gente vai continuar, a gente não vai parar, não vai deixar resultado abalar. Estamos fechados e a gente vai trabalhar cada vez mais para conseguir os três pontos - disse Coelho em entrevista coletiva após o empate com o Atlético-GO.

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O resultado pode não abalar, pois o ponto conquistado foi um lucro, mas o desempenho precisa ser analisado com bastante cuidado. Se com Tiago Nunes a qualidade do trabalho parecia em queda livre em seus últimos jogos, com Dyego Coelho, do jeito que o trabalho está caminhando, tem sido possível enxergar espaço para piora. A indefinição sobre a manutenção do interino ou a contratação de um novo nome pode custar caro lá na frente. O tempo voa.

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