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Confinamento faz Australian Open mandar público para casa durante jogo

Confinamento faz Australian Open mandar público para casa durante jogo

O torneio que acontece na cidade de Melbourne não terá espectadores por ao menos 5 dias, após aumento das restrições na pandemia no país

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 18:55- Atualizado há 3 anos

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Tênis
Quando o relógio se aproximava da meia-noite, o público precisou deixar a arena Rod Laver, principal do complexo do Grand Slam. (Pixabay)

Melbourne, segunda cidade mais populosa da Austrália, entrou em um lockdown de pelo menos cinco dias a partir da meia-noite deste sábado (13) no horário local (10h de sexta em Brasília). Isso impedirá, por exemplo, que os espectadores assistam presencialmente ao Australian Open até quarta (17).

Quando o relógio se aproximava da meia-noite, o público precisou deixar a arena Rod Laver, principal do complexo do Grand Slam de tênis, por causa das medidas restritivas.

A evacuação durante a partida entre Novak Djokovic e Taylor Fritz ocorreu sob vaias e alguma resistência. O duelo foi para o quinto set, após o número 1 do mundo abrir 2 a 0 e sentir dores no quadril, mas ele conseguiu se recuperar e avançou às oitavas de final.

Uma das últimas partidas com público, na noite desta sexta no país, foi uma batalha de cinco sets entre o tenista da casa Nick Kyrgios e o austríaco Dominic Thiem, número 3 do mundo, que levou a melhor de virada pela terceira rodada.

A atmosfera de gritos e cânticos de torcida, porém, não se repetirá nos próximos dias. Já os jogos do Grand Slam continuarão normalmente, até segunda ordem.

Um novo conjunto de infecções por coronavírus ligado a um hotel de quarentena em Melbourne, capital do estado de Victoria, atingiu 13 casos, fazendo com que as autoridades apertassem as medidas para conter a propagação do vírus.

O primeiro-ministro de Victoria, Daniel Andrews, anunciou o bloqueio para o estado, permitindo apenas saídas de casa para atividades essenciais.

"A cepa do Reino Unido está se movendo a uma velocidade nunca vista em nenhum lugar do nosso país, e esse é o conselho que recebi de nossos especialistas em saúde", disse Andrews. "Em termos de como o tênis obedecerá, vou deixá-los falar, [mas] os eventos esportivos funcionarão como um local de trabalho, não como entretenimento, porque não haverá multidões."

O torneio começou na segunda (8) e vai até 21 de fevereiro. Até esta sexta, o público estava limitado a 50% da capacidade normal para o Grand Slam (até 30 mil espectadores por dia) e tinha movimentação restrita dentro do complexo, mas podia, por exemplo, ver os jogos nas quadras sem usar máscaras.

"Devemos presumir que há mais casos na comunidade dos quais temos resultados positivos, e que a contaminação está se movendo a uma velocidade que não foi vista em nosso país ao longo dos últimos 12 meses", afirmou Andrews.

"O jogo vai continuar, os jogadores vão competir em uma bolha não muito diferente do que têm feito desde o ano passado", disse o diretor do torneio, Craig Tiley. "Os que terão autorização no local serão jogadores e equipes de apoio direto."

Victoria sofreu uma das quarentenas mais rígidas e longas do mundo no ano passado. É o estado mais afetado do país, que no total soma 28.879 casos de Covid-19 e 909 mortes desde o início da pandemia -a última delas em outubro.

Antes do anúncio, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison ofereceu total apoio de seu governo às decisões de Victoria sobre a contenção do surto.

"Temos lidado com [surtos] nas últimas semanas em Sydney, Brisbane e Perth e, portanto, uma resposta proporcional permite que os rastreadores sejam capazes de superá-los e obter o mesmo resultado de sucesso que vimos em outros estados", disse.

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