Publicado em 26 de janeiro de 2023 às 20:45
Campeão olímpico de vôlei de praia em 2016, Bruno Schmidt anunciou que está deixando as quadras, aos 36 anos. A decisão de encerrar o seu ciclo vitorioso no esporte já vinha sendo amadurecida há algum tempo e foi anunciada oficialmente agora, depois que o atleta se formou em Direito, carreira para a qual deve se dedicar.>
Em entrevista ao repórter João Brito, da TV Gazeta, Bruno disse que decidiu pela aposentadoria no esporte ao perceber que já não estava tendo o mesmo rendimento de outras temporadas. >
“É uma coisa pessoal de cada atleta. Tem quem queira estender ao máximo e vivenciar cada momento da carreira. Mas, para mim, sempre foi diferente. No meio esportivo, sempre vislumbrei de estar no ápice, para jogar grandes finais e representar o meu país em Olimpíadas sempre. Nunca me vi em uma situação diferente disso. Analisando e vendo a dificuldade com o passar dos anos, com a minha performance caindo, pude tomar essa decisão de forma super tranquila, sabendo que não vou me arrepender de nada”, disse Bruno.>
O que também pesou para a decisão do atleta foi o período em que ficou internado com covid-19, em 2021, às vésperas das Olimpíadas de Tóquio. Ele chegou a ficar na UTI, com 70% dos pulmões comprometidos pela doença.>
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“Faltando quatro meses para as Olimpíadas, fui acometido pela covid e tive de me internar. Isso me deixou em uma situação totalmente vulnerável”, lembra.>
Nascido em Brasília (DF), mas vivendo no Espírito Santo desde muito novo, Bruno Schmidt sempre se considerou um capixaba de coração. E foi ao lado de outro capixaba, Alison, que viveu o período mais vitorioso da carreira. Em 2015, a dupla conquistou os três principais títulos da temporada: o Campeonato Mundial, o Circuito Mundial e o World Tour Finals. E no ano seguinte, veio a consagração definitiva, com a medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio, nas areias de Copacabana.>
“Fui o atleta que fui por conta dele (Alison). A gente se encontrou na hora certa. Ele, com muita bagagem. Eu, com muita vontade. Se pudesse escrever, não teria sido tão bom como foi”, afirma o campeão.>
Bruno pretende agora se dedicar à advocacia. Em fevereiro, fará a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com a expectativa de dar início definitivo à nova carreira, sem esquecer o legado que deixou nas quadras esportivas.>
“O meu legado é fazer as pessoas conseguirem enxergar o quanto fui dedicado, o quanto me entreguei para representar o meu país, para estar no ápice da minha performance sempre. Vale mais do que qualquer título e medalha poder contribuir com o seu esporte. Isso vou levar para o resto da vida”, destaca.>
A despedida de Bruno Schmidt mereceu homenagens de vários atletas e também confederações nas redes sociais.>
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