> >
DNA capixaba atravessa gerações com o propósito de transformar pela educação

DNA capixaba atravessa gerações com o propósito de transformar pela educação

No fazer pedagógico diário da Escola Monteiro, projetos desenvolvidos demonstram que a valorização da história, da cultura e do patrimônio locais estão entre os pilares que movem a instituição

Publicado em 5 de janeiro de 2023 às 15:04

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Escola Monteiro
Na Escola Monteiro, é trabalhada integração entre teoria e prática por meio de projetos pedagógicos e de estudos do meio. (Escola Monteiro/Divulgação)
  • Estúdio Gazeta

    Esse conteúdo é pago por um anunciante e produzido pelo Estúdio Gazeta.
    Saiba mais em negocios.redegazeta.com.br/estudiogazeta
  • Escola Monteiro

Era 1969 e a psicóloga mineira Ana Rita Costa Gomes, recém-chegada ao Espírito Santo, teve o sonho de criar um espaço de educação diferenciado, capaz de estimular a aprendizagem por meio do diálogo e da troca de experiências.

O projeto começou com a criação de uma escola de artes, que se tornou uma escola “maternal” até virar uma instituição de ensino fundamental e médio. Na mente e no coração, Ana Rita cultivava o sonho de contribuir, por meio da educação, para a formação de sujeitos autônomos, criativos, cooperativos e felizes com suas escolhas.

Confirmando a máxima de Raul Seixas que diz que “sonho que se sonha junto é realidade”, o projeto de Ana Rita ganhou, alguns anos mais tarde, uma aliada que também trazia consigo uma longa história de amor pela educação e a crença em seu poder de transformar vidas e histórias.

Escola Monteiro
Ana Rita sempre cultivou o sonho de contribuir, por meio da educação, para a formação de sujeitos autônomos, criativos, cooperativos e felizes com suas escolhas. (Escola Monteiro/Divulgação)

Marielena Dadalto tinha só 13 anos e morava numa fazenda na localidade de Safra, em Cachoeiro de Itapemirim, quando, pela primeira vez, sonhou em ter sua própria escola.

Em 1993, se uniu a Ana Rita como sócia da Escola Monteiro, depois de acumular uma vida de experiências na área educacional, firmando a parceria que faz a instituição ser o que é nos dias de hoje, com DNA capixaba, já que mesmo a mineira Ana Rita construiu sua vida e viu sua família crescer no Espírito Santo, Estado que adotou como seu.

O amor pela educação atravessou uma geração e contagiou filhos das duas sócias, que hoje atuam como conselheiras da instituição de forma mais estratégica e menos operacional.

Escola Monteiro
Marielena tinha só 13 anos quando sonhou em ter uma escola. Hoje, a filha, Tiziana Dadalto, segue os passos da mãe e atua como diretora de Comunicação da Monteiro. (Escola Monteiro/Divulgação)

No dia a dia, Eduardo Costa Gomes e Tiziana Dadalto, respectivamente filhos de Ana Rita e Marielena, ajudam a manter o sonho de pé, diretamente envolvidos na gestão do negócio e no seu dia a dia.

Eduardo é diretor-geral da escola e Tiziana atua como diretora de Comunicação. Os dois têm formação inicial em áreas não diretamente ligadas à educação: ele é oceanógrafo e Tiziana é formada em Economia. Mas, com o tempo, foram se envolvendo com a escola e com o universo educacional.

Tiziana conta que, inicialmente, não se imaginava seguindo os passos da mãe e atuando na área de Educação. “Quando comecei a me envolver com o setor educacional, fui completamente tomada pela beleza e pela importância da área. Realmente me apaixonei e revisitei a história da minha mãe, que moveu ‘mundos e fundos’ para se dedicar à educação. Além dela, meu pai, falecido no ano passado, é outra inspiração, bem como Ana Rita Costa Gomes, por sua iniciativa e trajetória”, diz.

Raízes capixabas

Escola Monteiro
Entre as iniciativas da Escola Monteiro, está a de valorizar a riqueza do patrimônio e da cultura capixabas, estendendo os limites da escola para o bairro, para a cidade e para todo o Estado. (Escola Monteiro/Divulgação)

O amor pela educação e pelas raízes capixabas se dá não apenas pelos laços de família e pelo desejo de perpetuar um sonho que nasceu e se materializou em Vitória.

No fazer pedagógico diário da Escola Monteiro, projetos desenvolvidos demonstram que a valorização da história, da cultura e do patrimônio locais estão entre os pilares que movem a instituição.

“Trabalhamos buscando a integração entre teoria e prática por meio de projetos pedagógicos e de estudos do meio. Nesse sentido, utilizamos a riqueza do patrimônio e da cultura capixabas, estendendo os limites da escola para o bairro, para a cidade e para todo o Espírito Santo”, afirma a diretora pedagógica da Monteiro, Penha Tótola.

Escola Monteiro
Diretor-geral da Escola Monteiro, Eduardo Costa Gomes trabalha para manter o legado da família. (Escola Monteiro/Divulgação)

Esse ano, a Feira Integrada – projeto que transforma a escola num espaço de exposição e apresentação de trabalhos desenvolvidos por todas as turmas – reuniu bons exemplos desse zelo pelo que é local.

“Tivemos vários trabalhos apresentados envolvendo nossa história, a imigração europeia, a influência africana e indígena, nosso patrimônio cultural e histórico. Uma turma, por exemplo, contou a história do desenvolvimento da região metropolitana a partir das nossas pontes, transformando a sala de aula em uma maquete ‘viva’", ressalta Penha.

Para ela, os novos tempos trazem demandas globais para a formação de crianças e adolescentes, mas esse caminho deve ser construído sem perder de vista o local.

Escola Monteiro
Na Escola Monteiro, as práticas pedagógicas são pensadas a partir da premissa de que a educação é o caminho para mudar o mundo. (Escola Monteiro/Divulgação)

“É importante criar esses pontos de conexão. Olhar para o mundo sem esquecer de onde estamos, da nossa história, das nossas peculiaridades e da nossa riqueza, sempre a partir de um olhar reflexivo, crítico e humanista. É uma das formas de seguir transformando em realidade o sonho de Ana Rita e Marielena. Afinal, nossa equipe compartilha a crença de que a educação é o caminho para mudar o mundo, começando em nós mesmos e no lugar onde vivemos e atuamos”, considera.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais