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Do plantio ao produto final, Cafuso é 100% capixaba

Do plantio ao produto final, Cafuso é 100% capixaba

Marca foi uma das primeiras a estampar selo que identifica alimentos e bebidas produzidos no Espírito Santo e fomenta economia local

Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 10:59- Atualizado há 3 anos

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Café é colhido em diversas partes do Estado até ser levado para a produção na sede da Realcafé, em Viana
Café é colhido em diversas partes do Estado até ser levado para a produção na sede da Realcafé, em Viana. (Realcafé/Divulgação)

Desde o plantio até a chegada à mesa do consumidor, o Café Cafuso aposta na produção totalmente capixaba: seus grãos vêm de fazendas de várias regiões do Espírito Santo e a produção é feita na Realcafé, em Viana, na Grande Vitória.

Tanta identificação fez a marca ser uma das primeiras a estampar o selo “PRODUTO 100% CAPIXABA”, presente em alimentos e bebidas produzidos no Espírito Santo. Uma iniciativa da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por meio da Câmara de Alimentos e Bebidas e dos seus respectivos Sindicatos Patronais, o selo é uma maneira de indicar, em suas embalagens, produtos do Estado que obedeçam aos melhores padrões de qualidade e segurança, grau de inovação e experiência de consumo.

Bruno Giestas, diretor comercial da Realcafé, onde é produzido o Café Cafuso, explica que a criação do selo foi um grande passo para que os consumidores possam conhecer, experimentar e ter orgulho dos produtos que são produzidos em nossa terra – do capixaba para o capixaba.

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É importante haver essa identificação, até porque, por sermos uma marca capixaba, buscamos responder aos anseios da população do Estado. Quando se prioriza o consumo de uma marca estadual, você acaba apoiando uma empresa que gera mais impostos para o Espírito Santo, emprega mais capixabas e, por fim, ajuda no crescimento de toda a economia

Bruno Giestas
Diretor comercial da Realcafé
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Até a década de 1990, os supermercados locais vendiam, praticamente, apenas marcas capixabas. Com a entrada de multinacionais no Brasil, houve uma grande evolução em tecnologia e as marcas grandes começaram a penetrar com força no Estado. O Cafuso não ficou parado, seguiu investindo e ampliando sua capacidade para continuar atendendo da melhor forma o capixaba e mantendo sua liderança mesmo diante do avanço das multinacionais.

“A concorrência é sempre boa para o consumidor e o Café Cafuso evoluiu junto com essa competição, tendo como diferencial o fato de manter a proximidade com o consumidor, ser capixaba e entender o capixaba. O selo vem agregar este esforço mostrando que somos capixabas e temos o produto que o capixaba gosta”, destaca Giestas.

Sede da Realcafé, responsável pela produção do Café Cafuso
Sede da Realcafé, responsável pela produção do Café Cafuso. (Realcafé/Divulgação)

O Espírito Santo é o segundo maior produtor brasileiro de café, sendo responsável por 22% do total (conilon e arábica). Atualmente, existem 435 mil hectares em produção no Estado. A atividade cafeeira é responsável por 35% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola capixaba.

Uma característica da produção do café capixaba é o tamanho e a diversidade de suas plantações. Diferentemente de Minas, primeiro colocado no ranking nacional, o Espírito Santo possui fazendas menores, mas um número maior de famílias envolvidas.

“A realidade em Minas é de fazendas grandes que produzem até mais de 100 mil sacas, gigantes, mas que pertencem a poucas pessoas. No Espírito Santo, as propriedades na sua grande maioria são pequenas e familiares. Com isto temos um impacto social muito maior com a cultura do café aqui no Espírito Santo, pois temos propriedades bem menores envolvendo assim um número muito maior de pessoas e famílias com o café.”

Os números realmente impressionam: o Espírito Santo é responsável por até 20% da produção do café robusta (conilon) do mundo, principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas localizadas em terras quentes. Atualmente, existem 283 mil hectares plantados de conilon no Estado. São 40 mil propriedades rurais em 63 municípios, com 78 mil famílias produtoras. Apenas o café conilon gera 250 mil empregos diretos e indiretos.

Já o arábica é a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas localizadas em terras frias e montanhosas. Atualmente, existem 150 mil hectares de café arábica em produção no Espírito Santo, em 48 municípios, com 53 mil famílias na atividade.

Bruno Giestas destaca que o Café Cafuso é 100% capixaba, desde a colheita até o produto final
Bruno Giestas destaca que o Café Cafuso é 100% capixaba, desde a colheita até o produto final. (Realcafé/Divulgação)

OSCAR DO CAFÉ CAPIXABA

Como forma de incentivar os produtores locais e identificar e premiar os melhores cafés arábica produzidos nas Montanhas do Espírito Santo, a Realcafé realiza a cada dois anos o Prêmio Excelência de Qualidade Realcafé Reserva. Bruno Giestas destaca que a premiação já tem uma importância histórica para o desenvolvimento da produção cafeeira no Estado.

“Se você voltasse 20 anos, o café arábica do Espírito Santo era conhecido por não ter a mesma qualidade de outros locais. As condições de solo e clima eram excelentes, e existiam falhas nas técnicas de colheita e processamento deste café no campo, e assim o produtor perdia o seu melhor, vendendo seu café a preços mais baixos que o mercado”, destaca ele, que completa:

“A ideia do Prêmio de Qualidade Realcafé era justamente ajudar o produtor a achar e corrigir onde estava errando, para se chegar a um café de qualidade e bons preços. O princípio foi de promover conhecimento, aumentar o profissionalismo dos produtores, fazendo com que estes colhessem qualidade e obtivessem bons preços em seus cafés. Hoje, os cafés das Montanhas do Espírito Santo estão entre os melhores do mundo", finaliza Giestas.

MAIOR DO PAÍS

O Espírito Santo é o maior produtor de café Conilon do Brasil, o que corresponde a 70% da produção total. Já em relação ao Arábica, o Estado é o segundo maior do país. No caso da Realcafé, 100% da produção utiliza os cafés capixabas, tanto os Conilons como os Arábicas.

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