Repórter / fsena@redegazeta.com.br
Publicado em 23 de maio de 2025 às 09:03
Aumentaram no Espírito Santo as mortes de motociclistas em acidentes de trânsito em 2025. Foram 146 que perderam a vida em ocorrências do tipo de janeiro a abril deste ano, enquanto o mesmo período de 2024 somou 138 condutores de moto mortos. Os dados são do Observatório de Segurança Pública. As estatísticas revelam que a maioria das vítimas é do sexo masculino, têm entre 15 e 24 anos, e as ocorrências acontecem, na maioria das vezes, nos fins de semana.
Dados de 2024
A dor por trás desses números é sentida diariamente por famílias que vivem o luto. É o caso de Patrícia Sudario Santos, que perdeu o irmão, Ricardo Sudario Santos, de 42 anos, no último dia 13. Ele voltava para casa de moto quando foi atingido por um caminhão na Rodovia do Contorno, na Serra.
Patrícia conta que o irmão estava uniformizado e usava crachá da empresa e foi isso que ajudou na identificação. A família ficou sabendo, primeiramente, por um vídeo do acidente postado em um grupo de mensagens. Só depois, no dia seguinte, Instituto Médico Legal (IML), ela conseguiu confirmar a identidade do irmão.
A tragédia não foi a primeira para a família. “Perdi dois irmãos do mesmo jeito. Dois acidentes de moto”, disse Patrícia.
Patrícia Sudario Santos
Irmã de uma das vítimasCasos como o de Ricardo ajudam a explicar por que os acidentes com motociclistas são os mais fatais. De acordo com o tenente Lourenço, do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), quem está sobre duas rodas corre mais risco.
"Já pela própria construção do veículo, a gente percebe que a motocicleta acaba deixando o condutor mais exposto a fatalidades, o que o torna mais vulnerável. Mesmo em quedas ou colisões em baixa velocidade, ele fica sujeito a um risco maior de se machucar.", explica o tenente.
Ainda segundo ele, muitos dos acidentes poderiam ser evitados com atitudes simples, como respeitar os limites de velocidade, usar os equipamentos de segurança e manter a atenção redobrada no trânsito.
"Grande parte dos sinistros acaba acontecendo por culpa do próprio condutor, que desrespeita limites de velocidade, avança semáforos. Essa série de condutas os expõe a um risco maior de se machucar", alerta.
*Com informações da repórter Any Cometi, da TV Gazeta
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