Centenas de fiéis participaram da tradicional Missa das Cinzas, na Catedral de São Pedro, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, na manhã desta quarta-feira (14). A celebração marca o início da quaresma e o lançamento da Campanha da Fraternidade que este ano aborda a violência.
A Missa das Cinzas é uma tradição da Igreja Católica e acontece sempre na quarta-feira pós carnaval. A imposição das cinzas é um sinal de reconciliação com Deus. Recebê-las, para os católicos, significa estar disposto à redenção, firmes na fé em Cristo.
A celebração é um dia muito importante para a aposentada Maria Aparecida, que sempre vai à igreja para agradecer as bênçãos. Já fiquei em cadeira de rodas, já fiquei de bengala , mas eu estou aqui agradecendo sempre a Deus por essas graças e bençãos que ele dá para nós de graça, disse.
A quaresma ainda é considerada um tempo de jejum. O eletricista Pablo Damasceno pretende cumprir o período, que também é ensinado aos filhos. Para eles crescerem com a semente de fazer a vontade de Deus. A gente escolhe uma penitência. O jejum é uma coisa pessoal, contou.
Ao fim da celebração, os fiéis foram abençoados com as cinzas. Elas foram queimadas no último domingo de ramos e misturadas com água benta.
Campanha da Fraternidade
O tema da Campanha da Fraternidade 2018 é "Fraternidade e Superação da Violência". A temática que aborda a superação da violência foi escolhida devido ao crescimento dos índices de violência no Brasil. Esse tema já foi discutido na década de 80.
Cada ano é escolhido um tema diferente de acordo com a realidade do país. A gente anuncia sempre aquela violência que mata, que traz o fim da vida, que traz uma tragédia para a família. Temos que trabalhar e combater as pequenas violências dentro de casa na dimensão de diminuir as pequenas violências, a arrogância, o ódio. Isso é um chamado a viver a ternura o amor e a paz, explicou o bispo Dom Dario Campos.
Este tema está bem próximo dos fiéis. A dona de casa Valéria Hemerly deixa de sair de casa por causa do medo. A gente até evitou de ir para a praia por causa da violência. A gente viu notícias de tantas coisas ruins que aconteceram na praia e realmente está complicado mesmo. A gente tem que estar por aqui e pedir proteção a Deus e paz para poder seguir, disse.
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