Não tem data para sair do papel, nem se sabe o que será feito, mas a Praia de Itaoca, em Itapemirim, Litoral no Sul do Estado, receberá obra de revitalização, segundo a prefeitura. Os moradores estão preocupados com a erosão marítima, que avança a cada estação.
A moradora Yasmin Hartman mora bem em frente ao problema. Em outubro do ano passado, conta ela, a erosão começou e a prefeitura colocou sacos de areia para conter o avanço do mar. Mas pouco adiantou. Com a chuva que deu semana passada, a erosão voltou e os guardas municipais até colocaram faixas de atenção para pedestres e carros, pois chegou na pista, conta a moradora.
Numa tentativa de devolver a vegetação de restinga que existia no local, os moradores e guarda-vidas fizeram, recentemente, o plantio de mudas. Estamos abandonados. A sensação é de tristeza. Eles tinham que aproveitar a maré baixa para fazer algo. Dá medo. Antes a gente cansava de andar para chegar ao mar. Hoje, você dá três passos e chega na água, revela Hartman.
Questionados sobre o problema, a Prefeitura de Itapemirim diz que continua monitorando e trabalhando em todos os sentidos que os órgãos ambientais permitem. Afirma que, enquanto isso, prossegue com os trâmites para obra definitiva de urbanização. O balneário, segundo a prefeitura, recebeu na semana passada a visita da Marinha do Brasil para avaliar os impactos. Em 30 dias, devem emitir laudo sobre a obra.
LITORAL SUL
Não é somente Itapemirim que enfrenta problemas com erosões. Ao longo do Litoral Sul, os moradores de Marataízes, Anchieta e Piúma também amargam há anos com as consequências do problema.
Em Lagoa Funda, bairro de Marataízes, obras paliativas com paredões de pedra e terra são feitas há mais de três anos, com pouco sucesso. Os quiosques e parte de uma rua da orla foram engolidos pela força do mar. Por lá, a prefeitura de Marataízes diz que vai estudar esses pontos para tomar as providências até o verão. Por enquanto, não há previsão de obra definitiva.
A praia de Castelhanos, em Anchieta, é mais uma da região afetada. A prefeitura abriu licitação para a realização de três obras com um investimento de R$ 3,5 milhões. O recurso inicial em parceria com o Governo do Estado é de R$ 2,736 milhões. A previsão é que a obra seja concluída até o final do ano.
Em Piúma, o problema é em cerca de 500 metros da Avenida Beira Mar, que passou a ser de mão única por conta do avanço da erosão. O município decretou situação de emergência no dia 19 de abril e, com o Estado, está em licitação para contratação de empresa elaboração de projeto da restauração da praia.
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