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TSE rejeita recurso de Bolsonaro contra Datafolha

TSE rejeita recurso de Bolsonaro contra Datafolha

Defesa questionava pergunta feita pelo instituto de pesquisa sobre 'denúncias' de aumento de patrimônio de Bolsonaro

Publicado em 17 de maio de 2018 às 15:05

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Deputado Jair Bolsonaro. (Antonio Cruz | Agência Brasil)

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou recurso do deputado e pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que questionava uma pesquisa do Datafolha. Em questionário, o instituto fez a seguinte pergunta: "Você tomou conhecimento sobre denúncias envolvendo o aumento do patrimônio da família do deputado Jair Bolsonaro desde o início da sua carreira política?" Com a decisão, o Datafolha continua sem impedimentos de divulgar os resultados da pesquisa.

O relator, ministro Sérgio Banhos, já tinha negado por duas vezes o pedido da defesa. Agora, foi a vez do plenário do TSE, composto de sete integrantes, tomar uma decisão. A principal queixa da defesa era com a palavra "denúncia", que, no Judiciário, é usada quando há uma acusação formal do Ministério Público contra uma pessoa, o que não ocorreu no caso de Bolsonaro. Mas o TSE destacou a importância de garantir a liberdade de expressão.

— A palavra foi usada em sentido coloquial e genérica, sem relação com seu sentido jurídico — rebateu Banhos na sessão desta quinta-feira.

A defesa alegou ainda que havia perguntas que beneficiavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também pré-candidato. Isso porque o Datafolha questionou os entrevistados se eles achavam que Lula deveria ser preso ou não, mesmo condenado. A pesquisa foi registrada no TSE em janeiro, antes da prisão de Lula, que viria a ocorrer em abril.

Os demais ministros do TSE concordaram com Banhos. Napoleão Nunes Maia Filho chegou a fazer críticas à pesquisa, mas também negou o pedido.

— A palavra denúncia nunca é neutra — ressaltou Napoleão.

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— Em nome da liberdade de expressão e informação, em especial neste momento pré-eleitoral, a atuação da Justiça Eleitoral deve ser minimalista — afirmou Tarcísio Vieira

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