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Sem Hartung e reduzido, MDB parte em busca de reforços

Sem Hartung e reduzido, MDB parte em busca de reforços

Partido viu a bancada na Assembleia encolher e tem desafios para o pleito municipal de 2020

Publicado em 16 de dezembro de 2018 às 01:28

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Deputado federal Lelo Coimbra. (Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)

O MDB – então PMDB – já teve sete deputados estaduais. Hoje, tem três e a partir de 1º de fevereiro terá dois. O deputado federal Lelo Coimbra (MDB), que preside o partido no Estado, não se reelegeu e o maior nome da legenda no Estado, o governador Paulo Hartung, deixou a sigla.

O caminho, agora, de acordo com Lelo, é buscar novos quadros, a começar, como A GAZETA já mostrou, por parlamentares eleitos por partidos que não alcançaram a cláusula de desempenho. Um empecilho são as fusões partidárias, orquestradas para evitar justamente a debandada em legendas que não tiveram bom desempenho em outubro.

“No Legislativo estadual vamos conversar com a bancada do partido, os deputados reeleitos Hércules e José Esmeraldo, para ver os nomes que a gente pode conversar em comum acordo”, afirmou Lelo à reportagem. Ele já conversou, informalmente, com Dary Pagung (PRP) e Janete de Sá (PMN).

O presidente estadual admite que o arranjo montado para a eleição de outubro não foi feliz: “Com a dificuldade de construção da legenda, porque ficamos sem a candidatura majoritária na última hora, o arranjo que foi feito não foi suficiente para eleger um numero maior”.

A candidatura majoritária mencionada era a de Paulo Hartung, que anunciou aos 45 do segundo tempo que não disputaria a reeleição, deixando os aliados meio perdidos.

“Esperávamos eleger três estaduais, não conseguimos, só elegemos dois. Esse mesmo arranjo também dificultou a eleição de deputado federal. Fiquei entre os 10 mais votados, mas por 1.721 votos a coligação não fez um nome”, descreve.

“A Luzia (Toledo) teve uma votação bacana, o André Garcia também, mas esses votos não foram suficientes”, complementa. A veterana deputada Luzia Toledo, assim, ficou de fora da Assembleia, assim como o ex-secretário de Segurança Pública, aspirante a novato.

Para federal, o MDB estava coligado com Patriota, PMN, Rede e Podemos. Para estadual, saiu sozinho, em chapa puro-sangue.

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INSATISFAÇÃO

Mesmo reeleito, José Esmeraldo não está nada contente: “Não se preocuparam com os deputados estaduais. Quem ganhou eleição no MDB é herói. Eu já disputei várias eleições e nunca tive tanta dificuldade para me reeleger. Os filiados perderam a eleição porque não houve interesse do comando, que não deu a mínima. Eu poderia ficar quieto, já que ganhei a eleição, se eu fosse frouxo”. “Estão querendo abastecer o partido com deputado de fora, deveriam fazer com os de dentro”, criticou. Apesar do tom, Esmeraldo diz que não pretende sair do partido. “Em hipótese alguma vou sair.”

Lelo diz que está pensando nas eleições municipais, de 2020. “Como não haverá coligações, queremos fortalecer o partido, atrair quem pode contribuir para eleição de vereador e prefeito. Se mantido o prazo, temos até abril de 2020 para trazer lideranças. Não temos todo o tempo do mundo, mas temos tempo”, avalia o presidente estadual.

CARGO

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Ele é cotado para, na planície a partir de fevereiro, ser abrigado em algum cargo no governo Jair Bolsonaro (PSL), já que tem boa relação com o futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB). Mas Lelo desconversa: “Sou muito amigo do Osmar e do Mandetta (futuro ministro da Saúde). Tenho relação muito próxima com o Tarcísio (Infraestrutura) e o Almirante Bento (Minas e Energia). Mas não há movimento dado”.

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