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'Se eu puder, não disputarei', diz Casagrande sobre reeleição

"Se eu puder, não disputarei", diz Casagrande sobre reeleição

Governador falou sobre o futuro em entrevista para o Anuário Espírito Santo da Rede Gazeta

Publicado em 24 de agosto de 2019 às 23:09

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Governador Renato Casagrande. (Reprodução de vídeo)

Questionado pela primeira vez sobre seu destino nas eleições de 2022, o governador Renato Casagrande (PSB) revelou a possibilidade de não tentar a reeleição, como naturalmente se esperaria. “Se eu puder não disputar, eu não disputarei”, disse.

A declaração foi dada em entrevista para o Anuário Espírito Santo da Rede Gazeta, que será lançado nesta segunda-feira (19).

Casagrande participou das últimas três disputas ao governo do Estado, saindo vitorioso em 2010 e derrotado em 2014. Neste retorno ao Palácio Anchieta, após vencer em 2018, ele tem sido crítico à polarização gerada durante e depois das eleições presidenciais.

Nos últimos dias, Casagrande chegou a declarar que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está promovendo uma “regressão civilizatória” no campo político e ressaltou que ele não pode continuar alimentando “o ódio e o preconceito” no país, apesar dos avanços que tem conseguido na área econômica.

Nesse contexto, o governador do Estado ainda deixa seu destino eleitoral em aberto.

“Não tenho nenhuma ideia, nenhuma ideia. O ambiente político está muito nervoso, né? Muito diferente. Eu já sou muito grato por estar tendo o segundo mandato de governador. Não tenho nenhum projeto, nenhum planejamento para 2022 ainda”, afirmou Casagrande, em entrevista para o Anuário Espírito Santo da Rede Gazeta.

No entanto, ele não se coloca totalmente fora da eleição de 2022.

“Não posso descartar nem não descartar. Porque ainda não sentei pra pensar. Você é a primeira pessoa que pergunta isso. No que depender de mim, não. Se eu puder não disputar, eu não disputarei. Se tiverem pessoas que possam governar o Estado, eu posso ter outros projetos”, acrescentou.

APOIO

Antes disso, Casagrande precisará passar pelas eleições municipais de 2020, na qual o apoio do governador é um dos mais cobiçados pelos candidatos. Sobre isso, o socialista despista e ainda não revela nenhum dos possíveis palanques que poderá subir.

“Vou viajar. Vou ter dez missões internacionais (risos). Não vou viajar nada este ano para viajar de julho a outubro do ano que vem. Agora falando sério, ainda não defini. Deixa chegar mais para o final do ano”, disse.

ARTICULAÇÕES

No balanço dos oito meses de mandato, Casagrande também reconhece não ter tido grandes reveses na relação com a Assembleia Legislativa.

Neste período, ele aprovou um novo orçamento para 2019, com cortes feitos pela equipe do socialista, sem alterações pelos deputados e somente com um voto contrário. Ainda no campo da economia, houve a criação do Fundo Soberano e do Fundo de Infraestrutura, com recursos do petróleo, aprovados com unanimidade.

Até mesmo o polêmico projeto que concedeu anistia aos policiais militares envolvidos na greve de 2017 passou sem objeções. Para o governador, a relação com a Assembleia tem de ser cultivada e regada todos os dias.

“Até agora está indo tudo bem. Em tudo aquilo que era importante para o Estado, a Assembleia foi parceira. Votou. Os dois fundos são exemplos disso. A Casa votou do jeito que encaminhamos o projeto. Então, eu sou muito grato à Assembleia. Está indo muito bem (a relação)”, disse.

Quanto ao grupo de deputados que tem se colocado como “independentes”, Casagrande não considera que isso deva ser interpretado como o princípio de um movimento de oposição.

“Acho que são independentes mesmo. Até porque o parlamentar não pode ser uma oposição por oposição. Tem matérias que são importantes serem apreciadas. Todos votaram no fundo, por exemplo. Alguns até discordaram porque apresentaram algumas emendas. Mas não os considero de oposição. Considero como independentes e estou aberto a dialogar com eles.”

PREVIDÊNCIA

Casagrande também voltou a reforçar a necessidade de que os Estados sejam incluídos na reforma da Previdência, mas pontuou que a pauta econômica precisa ser mais ampla.

“A economia brasileira e a capixaba ainda não conseguiram reagir, porque estamos vivendo um momento de incertezas políticas que atingem a área econômica. Nós nos transformamos em um país de agenda única, que é a reforma da Previdência, e o governo federal não pode ficar prisioneiro dela”, avalia.

LANÇAMENTO DO ANUÁRIO ESPÍRITO SANTO

Quando: Nesta segunda-feira (19)

Valor: R$ 34,90

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