Repórter / idiniz@redegazeta.com.br
Publicado em 30 de novembro de 2020 às 16:14
- Atualizado há 5 anos
Alvo de críticas na campanha do prefeito eleito em Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), a Linha Verde vai ser extinta na Capital assim que ele assumir a prefeitura, em janeiro de 2021. O fim da faixa exclusiva para coletivos, táxis e vans, que corta a Orla de Camburi, já estava previsto no plano de governo do então candidato. O modelo da Linha Verde foi implantado em 2018, na gestão do atual prefeito Luciano Rezende (Cidadania).
"O modelo da Linha Verde foi imposto, o diálogo não existiu, por isso não teve sucesso. As pessoas não compraram essa ideia", declarou durante entrevista para a Rádio CBN Vitória, nesta segunda-feira (30), reafirmando o compromisso:
"Nós temos um projeto claro, que é a extinção da Linha Verde. Em um primeiro momento, nós vamos extinguir a Linha Verde, para em um segundo momento dialogar com a população."
A Linha Verde virou uma polêmica na Capital. Desde o início, o prefeito Luciano Rezende enfrentou resistência da população, que alega não ter sido ouvida sobre o projeto. Moradores moveram ações na Justiça, que chegou a suspender o funcionamento da faixa exclusiva.
A prefeitura chegou a testar a ampliação, mas o projeto não foi para frente. A principal reclamação dos motoristas é sobre o congestionamento formado. "As pessoas não compraram essa ideia, elas não se sentem representadas, por isso tivemos aquele colapso no trânsito", afirmou Pazolini.
Lorenzo Pazolini
Prefeito eleito em VitóriaA fiscalização também demorou mais de um ano para ser implementada, o que, segundo Pazolini, não funciona. "Na verdade, hoje não existe fiscalização. O motorista não respeita, a prefeitura não fiscaliza e finge que está tudo bem", criticou.
Além da extinção da Linha Verde, o prefeito eleito disse que vai buscar novas soluções para melhorar o fluxo no trânsito em Vitória e o sistema de transporte coletivo.
"Nós temos que garantir um transporte coletivo eficaz, eficiente, que dê tranquilidade e conforto a quem se desloca e a fluidez do trânsito através dos sinais. Hoje nós temos um pare e siga muito grande. Temos que minimamente garantir a fluidez. Temos trechos na Enseada do Suá que, em um intervalo de 500 e 600 metros, o motorista para quatro ou cinco vezes em semáforos. Isso não é razoável”, afirmou.
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