A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu nesta quarta-feira (16) ao ministro Edson Fachin que não sejam enviados ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, termos complementares da delação premiada do executivo Joesley Batista, do grupo J&F. Os advogados do petista querem que o novo conteúdo seja enviado apenas à Justiça Federal em Brasília.
A defesa do Lula ressalta que já tramitam em Brasília três investigações no âmbito da delação do grupo J&F que apuram uma suposta costa mantida em benefício do partido e do ex-presidente. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que as novas informações sejam enviadas tanto à Justiça Federal em Brasília quanto ao juiz Sérgio Moro.
Tal pleito, com todo o respeito, a um só tempo incorre na possibilidade de o peticionário vir a ser investigado/processado por fatos similares em juízos distintos, afigurando evidente situação de insegurança jurídica, alega a defesa de Lula.
A delação de executivos do grupo J&F acusa o PT de ter recebido dinheiro em contas no exterior. Joesley afirmou a procuradores que, em 2014, durante a campanha eleitoral, avisou pessoalmente Lula e Dilma Rousseff sobre as duas contas-correntes de propina no exterior, controladas pelo ex-ministro Guido Mantega (Planejamento e Fazenda) e que tinham os dois como beneficiários. O saldo das duas contas bateu em US$ 150 milhões, afirmou o delator.
Os petistas negam irregularidades.
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